Psicologia e Comportamento: Auto-competição - por Leila Silveira Miranda

Jornal O Norte
Publicado em 09/06/2008 às 13:29.Atualizado em 15/11/2021 às 07:34.

Leila Silveira Miranda


leilaasilveira@bol.com.br



Ao longo desses anos dedicados ao estudo da natureza e comportamentos humanos, tenho observado e meditado sobre as semelhanças e convergências do Universo (cosmos), da matéria (realidade) com nossa estrutura psico-emocional.



A principal conclusão que tenho retirado dessas análises é que tudo na vida, podem ser utilizados “pró” ou “contra” nós mesmos dependendo da abordagem que fizermos.



É como o vento para uma embarcação... Pode soprar a favor ou não, dependendo de como nos posicionarmos diante dele...



Quero refletir hoje com vocês sobre dois conceitos importantíssimos, que podem nos trazer resultados maravilhosos ou catastróficos, dependendo de como nos utilizamos deles.



O primeiro, aprendido da Física é o de referencial. Lá aprendemos que tudo é “relativo”, que só podemos medir, quantificar e avaliar qualquer ação ou movimento (mudança) se tomarmos um ponto, um valor como referência. O outro conceito semelhante, quase uma aplicação ou conseqüência do primeiro que é a “comparação” do nosso desempenho frente aos  nossos competidores.



Tanto um conceito ou outro estão já totalmente interiorizados tanto no mundo corporativo das empresas, quanto na correria do nosso dia-a-dia profissional e até pessoal.



Comparamos tudo, o tempo todo, o dia inteiro. Até quando queremos apenas “relaxar” a TV nos incita a exercitar a comparação dos produtos através de suas estratégias de “marketing” nos comerciais e anúncios veiculados.



Aparentemente não temos paz... Muitos aceitam então esta, como a “regra” definitiva do jogo da vida, e embarcam “de-cabeça” no chamado “consumismo de massa” numa viajem devastadora, cujo único resultado prático será a “insatisfação”, já que o processo se re-alimenta o tempo todo e não “damos conta” de acompanhá-lo em todos os desejos oferecidos pelo sistema.



No plano emocional e psicológico, mais do que “no bolso”, o estrago é visível e maior tendo como coadjuvantes principais, a “ansiedade” e a “frustração”.



Como conseguir e equilibrar este jogo e “driblar” este sufoco existencial? Basta que concentremos nossos esforços mudando o “fulcro” de nossas crenças pessoais.



A chave então não é deixar de competir, não é deixar de querer, de desejar as coisas que nós almejamos... O segredo não é abdicar-se de seus projetos, não é cruzar os braços nem cair na acomodação...



A “mágica” se dá quando aprendemos a “centrar” nossas análises em nós mesmos... Quando entendemos que só é válido em termos “pessoais” competir conosco... Quando compreendemos que a única referência possível para balizarmos nossos projetos, desejos e desempenhos, é  nossa própria e exclusiva individualidade, sem réplica neste planeta.



Assim, tudo muda, tudo floresce...



Parece que a vida renasce em nós, a cor volta aos nossos lábios, a luz em nossos olhos, a esperança em nossa alma.



A partir deste entendimento, desta profunda “mudança de enfoque”, podemos experimentar uma sensação de alívio e começar a perceber que a felicidade é possível, que a aurora já deu seus primeiros sinais e que “re-encontramos” a trilha perdida, de volta ao caminho original da paz e da prosperidade.

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