Projeto de lei sobre bairros de Moc está em fase final de elaboração: a partir desse trabalho, o morador vai ter informações detalhadas de qualquer região da cidade

Jornal O Norte
23/09/2005 às 10:51.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:52

Iran Ferreira e Onilda Santos

A prefeitura de Montes Claros atendendo a uma antiga reivindicação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) está elaborando um projeto de lei para criação de bairros. O objetivo é fazer um mapeamento dos bairros e loteamentos existentes na cidade.

Atualmente, o município tem, aproximadamente, 220 bairros. De acordo com o engenheiro responsável pelo projeto, Flávio Silveira, a cidade será dividida em 43 regiões para que a prefeitura tenha condições de administrar melhor os investimentos destinados a cada área. “Com a lei, o IBGE poderá fornecer dados específicos de cada região. Com isso, a administração dividirá melhor os recursos de cada uma”, explica Silveira.

De acordo com a funcionária do IBGE Lúcia Santos, o órgão só poderá realizar um trabalho com os bairros após a aprovação da lei. “Para fornecer dados específicos de cada região, é preciso que o município tenha uma lei que permita fazer isso. O último censo realizado na cidade foi feito por setores determinados pelo Instituto e não por bairros”, diz Santos. Segundo ela, a partir de dezembro deste ano será realizado um novo estudo na cidade.




(Foto: montesclaros.com)

Todos os bairros localizados em determinadas áreas do município estão sendo agrupados a uma única região. O engenheiro explica o processo dando como exemplo os bairros localizados na região do grande Delfino Magalhães. “Os bairros daquela região, pela lei, vão passar a se chamar região administrativa do grande Delfino Magalhães. Ou seja, todos os bairros vão continuar existindo, mas em caráter administrativo”. Ele ressalta que os loteamentos que surgirem depois da aprovação da lei vão “virar bairros” agrupados na região administrativa mais próxima. O projeto visa, além da organização dos bairros, fazer uma descrição do perímetro urbano, e estabelece que, a cada dez anos, seja feita uma revisão do mapa. “A reestruturação do município vai facilitar o trabalho das empresas que prestam serviço na cidade, principalmente os correios”, destaca Flávio Silveira.

A operadora de telemarkenting Nívia Lacerda, moradora há mais de três anos do bairro de Lourdes, ficou surpresa ao saber que cada município precisa dessa lei de criação de bairros para que o IBGE faça qualquer tipo de estudo. “Espero que o projeto seja concluído logo e aprovado, para que possamos saber, por exemplo, sobre a história, população, número de residências e muito mais sobre qualquer bairro - principalmente do meu”.

O projeto está em fase final de elaboração. De acordo com Flávio Silveira, provavelmente até o final do mês de setembro, ele deve ser encaminhado à câmara para ser votado pelos vereadores. “Ele já está sendo elaborado com a descrição e o perímetro de cada área, porque tem que estar na lei. É importante ressaltar que com esta lei não vamos acabar com os bairros e loteamentos, e sim, fazer uma organização para poder melhor trabalhar na cidade”, finaliza Silveira.

Este texto faz parte da página produzida pelos acadêmicos do curso de Jornalismo do CRECIH/Funorte - Editores: Ana Gabriela Ribeiro


e Elpidio Rocha - Coordenador do curso: Ailton Rocha Araújo - Coordenadora de produção: Tatiana Murta

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