Márcio Adriano Moraes
Escritor e professor do projeto Educação Popular
O céu azul, manchas quentes brilhantes convidam a um refrescante banho de piscina. Para os mais atletas, a rechonchuda chama para gastar calorias. A pena voando, assando a palma da mão e entortando colunas. Grupinho com violão, samba-canção... que nada, tinha de tudo, sertanejo, axé, caipira, mpb, mp3, mp4... Isopores chegando com food and drink, para não dizer farofa e refri. Oito núcleos juntos para celebrar a fraternidade. No clube, podemos dizer que não havia mais núcleos, todos estavam como organelas em um citoplasma. Os prótons, mais ousados, mostravam toda a escultura corporal, seja cômica ou genuína; mas também havia os nêutrons, bem tímidos com medo das queimaduras. Elétrons? Por que não? Só observando...
Com boas gargalhadas e papos “sapos” foi a segunda confraternização do Projeto de Educação Popular. Aprendendo na prática a poesia da vida que deve ser celebrada com muita alegria, mesmo com tanta coisa ruim que acontece acontecendo, como nos ensinou o Dito, os alunos é que deram a aula. O importante é competir? Quem inventou esta frase com certeza não participou de eventos como esse encontro. O importante é divertir! Com prêmios ou sem prêmios, com primeiros ou segundos (terceiros, quartos, quintos) lugares... a vida é composta de momentos ímpares que devem ser apreciados com lábios largos.
Cenas cômicas não faltaram. A primeira foi o torneio de futebol. Nunca vi nenhuma área do gol em que a parte vertical é maior que a horizontal, revolucionamos as marcações do campo. Jogadores de todos os naipes, copas, espadas, paus, ouros... ouros? Xi... latão? (kkk). Acho que paus era o que mais tinha... opa... não pensem alto... digo pernas de paus. Mesmo por que houve também futebol feminino, e que show das nossas garotas. Os alunos mostraram que estavam mais preparados que os professores eliminados na primeira partida. Também os três profissionais do time dos docentes ficaram no banco, Marco, Hállen e Márcio, uma gradação decrescente de massas adiposas.
Na piscina, as atrações foram Frank, Ricardo e Jânio com suas sunguinhas elásticas. Mas quem aproveitou bem a água foram os direitos Daniel e Adriano, cobiçados. Ah, também tinham uns óculos mergulhando por lá, ou melhor, mermermergugulhando popopor lá. O Chico desta vez, não quis aventurar em águas profundas, ficou só na superfície mesmo. O nosso coordenador, mesmo na diversão, mostrava serviço pondo ordens na casa; que casa? com seu escudeiro das matemáticas, vigiado com olhos claríssimos. As professoras? uai, não me lembro de ter visto nossas encantadoras mestras na piscina ou no futebol, bem comportadas. Segredo: fiquei sabendo que uma pessoa retocou a sobrancelha depois que saiu da água, bem despistada, em um espelhinho de motocicleta.
Muitos flash’s, poses para fotos. Não duvido nada que no “iogurte” (site de relacionamentos) já estejam nos álbuns de muitos as tais fotografias. Momento para partilhar, brincar, sorrir, nadar, dançar, cantar, jogar. Os estudantes do Santos Reis mostraram a sua realeza no futebol masculino. O São Judas acompanhou, mostrando categoria com a pelota, ou seria alegoria?! Os alunos do JK comprovaram por que o Juscelino tinha fama de mulherengo, é aqui que está a Garota Onça do Projeto. O Major Prates ou seria “Major Pratas”, é, pois levaram essa medalha no Concurso da Garota e no Futebol feminino. O Independência não ficou atrás, também mostrou a independência de suas alunas, protegidas por Mauro Stallon(g)e. Os alunos do Delfino foram destaques na piscina, mude-se o nome, então, para delfins. Nas águas também estavam as sereníssimas santo expeditas. E o São Geraldo II não mediu distância para divertir.
Parabéns a todos que participaram de tão bela festa, aos que a organizaram e, principalmente, aos que a fizeram, nossos alunos!