Em política, quando se tem que tomar uma decisão, a pior opção é a neutralidade. É por este, entre tantos outros motivos – mas sobretudo por este -, que decidi apoiar o prefeito Athos Avelino à reeleição no segundo turno das eleições programadas para o próximo dia 26. Não pode o cidadão aboletar-se sobre um muro, quando a comunidade exige dele a força da participação, o poder de decisão, ainda que esta desagrade a determinados segmentos. A própria Bíblia Sagrada nos ensina que o fiel cristão tem que ser quente ou frio, morno jamais. Lavar as mãos, muito menos.
Mas não é só o princípio covarde da neutralidade que me levou a optar por Athos no segundo turno. Antes disso, sou movido pelo ideal de desenvolvimento de Montes Claros e pela melhoria da qualidade de vida do seu povo, o que seria impossível estivesse o município sob o comando de um político retrógrado, revanchista, de idéias curtas e mal acabadas.
Diante do ambicioso, porém exeqüível plano de governo que apresentei ao eleitorado no primeiro turno, não poderia hipotecar apoio a um homem que alimenta sua sanha politiqueira com a promoção da pobreza, fazendo do voto do desvalido mercadoria de troca, cujos lucros obtém através de negociatas com correligionários estranhos ao eleitorado montes-clarense.
Não se pode falar em avanço político-administrativo, incremento do parque tecnológico do Norte de Minas, atração de grandes empreendimentos que gerem emprego e renda, tendo ao lado um cacique que pensa e age com olhos voltados para o atraso, a picuinha, a mesquinharia.
Muito menos teria crédito para dividir uma bem intencionada plataforma de governo um homem que, em dez anos de administração pública, pouco fez para dar educação e saúde de qualidade à população, limitando-se à construção de alguns postos de saúde e à reforma de escolas com material de baixa qualidade, nos mesmos moldes das ruas calçadas com pedrinhas de sua fábrica de dinheiro.
Não se pode apoiar um aspirante à prefeitura por ele instalada em local inadequado, apenas para satisfazer sua picardia de não construir uma Nova Montes Claros a partir de um Centro Administrativo no Bairro Ibituruna, como projetara o maior prefeito da história do município, Antônio Lafetá Rebello, o mesmo Toninho Rebello perseguido em vida pelo então prefeito da pobreza.
Outro caminho não me resta, portanto, entre o retrocesso e o avanço, senão apoiar Athos Avelino neste segundo turno, para com ele fazer andar a máquina administrativa, que só precisa de um empurrão para adentrar o futuro. É de se ressaltar que Athos tem se mostrado eficiente na celebração de parcerias com os governos federal e estadual, o que possibilitou a realização de inúmeras obras na cidade. E que jamais fiz qualquer ressalva à sua probidade, à sua honestidade, questionando tão somente o seu jeito cauteloso e às vezes burocrático de administrar. Tanto que o apoiei na campanha a deputado federal em 2002 e, como vereador mais votado da história de Montes Claros, defendi-o nos seis primeiros meses do meu mandato.
Espero, portanto, que o eleitor que confia em mim - pessoa esclarecida e politizada - compreenda a coerência com que agora, ao apoiar meu ex-professor no curso de Medicina da Unimontes, procuro equilibrar a disputa política em Montes Claros, sem nenhuma barganha, tornando o processo ainda mais democrático.
Candidato-me, assim, com o apoio e o voto dos que em mim confiaram no primeiro turno, a auxiliar Athos a comandar esta máquina, ficando clara a opção de que é melhor fazer andar um veículo do que dar marcha à ré em direção a um passado que tantos males causou ao crescimento de Montes Claros e a sua gente.
Juntos, vamos ajudar Athos a fazer uma cidade cada vez melhor.
Ruy Muniz
Educação é tudo