José Wilson Santos
zewilsonsantos@hotmail.com
Putzgrilo!
Não é que pintou uma feminista no pedaço? Melhor, no e-mail?
Mas a mulher é uma troglodita. Receio que vá precisar de mais de uma cartela de prestobarbas. Tudo indica que não é só o suvaco da casca de ferida que nunca viu uma lâmina.
Ôrra, meu!
A mulher desancou o Degas aqui sem dó nem piedade, só porque eu disse, dia desses, da minha vontade de pesquisar uma feminista como última tentativa de encontrar o tal Ponto G, que os ingleses negam de pés juntos que exista.
A troglodita me mandou procurar o tal Ponto G na mamãezinha. Pode um trem desse?
A veinha nem sabe das minhas desventuras nesse minifundio de papel.
Subi nas tamancas com R., Índio Velho. Respondi na chincha: – se você botar minha mãe no meio, eu boto no meio da sua.
Fedeu biba, mas entre mortos e feridos escapamos os dois. Eu acho.
R. disse que não suporta homem metido a besta, razão pela qual está sozinha, livre, leve e solta até hoje, 39 anos depois que chorou pela primeira e única vez, ao vir ao mundo.
Eta que quá!
Uma ova. Aposto três contra um que não apareceu um único cristão disposto a procurar o tal Ponto G lá dela.
Mas isso são águas passadas. Acho que R. e eu começamos com o pé esquerdo, em que pese eu ser canhoto de pé e mão. Não quero milindrar a bichinha, tadinha, porque todos temos o direito de fazer escolhas, optar pelo que é melhor pra gente, pra nossas vidas.
E talvez feminista seja apenas uma mulher politicamente incompatível com fogão, escovão, máquina de lavar, ferro (de passar roupa!), essas coisas essenciais ao dia-a-dia.
Assim, levanto a bandeira branca e convido R., aqui, de público, a discutirmos pessoalmente o assunto em companhia de umas cervejinhas espertas e uma carninha de sol de dois pelos com mandioca.
Quem sabe assim não desfazemos o que acho ser um puta mal entendido, que a impessoalidade do computador só favorece.
Saiba, R., que não guardo mágoa de mulher. Só calcinha, quando vem ao caso, naturalmente.
Aliás, já que um assunto puxa outro: feminista usa calcinha tipo fio dental, que valoriza a abundância e faz a gente perder o cabeção?
(Desculpe, não resisti).
Seguinte, R.: o convite tá de pé. Pode escolher o território, o barzinho, o restaurante, o motelzinho. E já que ocê é feminista, rachamos a despesa.
Mas atenção: primeiro, conversamos. Depois, se for o caso, pesquisamos.
Porque se não for o caso ligo pro meu amigo dom Clóvis, phd em mocréia, feminista ou não.Dom passa a régua em qualquer trem que use calcinha.
Tão tá, então?