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Segunda-Feira,2 de Junho

Para onde vai o Brasil?

Jornal O Norte
Publicado em 19/01/2010 às 08:57.Atualizado em 15/11/2021 às 06:17.

Dirceu Cardoso Gonçalves


Dirigente da Aspomil



A América do Sul vive um momento singular. Os governantes da Venezuela, Equador e Bolívia fazem artimanhas para continuar no poder. Os da Bolívia e Paraguai querem achacar o Brasil (e até conseguem!) através do gás, da eletricidade e do contrabando. A da Argentina, que sucedeu ao marido, enfrenta problemas de estabilidade econômica. Chile e Uruguai, com eleições livres e democráticas, dão exemplos de normalidade e maturidade política.



Como maior país do continente, o Brasil deve dar o tom desse momento, pois vai eleger, este ano, presidente, governadores, deputados e dois terços dos senadores. Qual o viés a que nós, brasileiros, seremos submetidos? Teremos o continuísmo, o neoliberalismo, ou o endurecimento das liberdades? Essa a grande questão que se coloca à sociedade brasileira, num ano que pode terminar em grandes transformações.



Depois de décadas de tutela e dúvidas, o brasileiro pode, neste 2010, finalmente, fazer valer a vontade popular. Para tanto, basta acompanhar bem de perto o debate que vai se estabelecer em torno da sucessão em Brasília e nos estados, e votar, exclusivamente, naqueles que venham de encontro aos seus interesses. É preciso analisar quem serão os candidatos, o quê eles fizeram no passado, o que pensam hoje e quais as suas propostas para o futuro. Excluindo, se possível, a competente, mas fantasiosa e nefasta atuação dos marketeiros, que recebem milhões para enfeitar seus candidatos e enganam o povo.



O governo apresenta a ministra Dilma Roussef – ex-guerrilheira anistiada – como sua pré-candidata. A oposição tem no governador de São Paulo, José Serra – ex-exilado também anistiado – como seu mais forte concorrente à presidência. Outras correntes têm também seus candidatos. O eleitor precisa ficar atento a esses personagens para, assim, poder decidir conscientemente qual deles merece o seu voto. Isso vale para presidente, governador, senador e deputado (federal e estadual). Depois de votar, não adianta se arrepender.



O governo Lula acaba de cometer uma imprudência, ao produzir o Programa Nacional dos Direitos Humanos, que abre a possibilidade de rever a anistia dos perseguidos e daqueles que os reprimiram durante o regime militar, de controlar com mão de ferro os meios de comunicação e de permitir ao governo uma série de “direitos” de feição anti-democrática. Isso leva setores mais radicais até a suporem que Lula (também anistiado) pensa em estabelecer a ditadura. Seria interessante que cada candidato, de imediato, dissesse sem meias palavras palavras, o quê pensam desse plano, da anistia, da democracia e, principalmente, o que acham da solução até hoje dada a cassos de corrupção como os sanguessugas, valerioduto, dinheiro na cueca e na meia, panetone e outros. Sem isso, nenhum deles deve merecer o voto do eleitor.



O Brasil, principal pais do continente, não pode ficar preso a interesses de grupos e nem ao radicalismo de uma casta que pode se valer da democracia para instaurar o retrocesso. A sociedade e o povo devem ficar alerta e – enquanto é tempo – banir aqueles cujos ideais não sejam os da Nação (entendido como tal a reunião do povo, idioma, costumes, tradição e território).

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