Os prefeitos de Montes Claros e suas administrações: Antônio Lafetá Rebello (1967 –1970/1977–1982)

Jornal O Norte
23/09/2005 às 10:13.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:52




Antônio Lafetá Rebello nasceu em 21 de abril de 1918, filho de Jayme Rebello e dona Dolores Lafetá Rebello. Estudou no Grupo Escolar Gonçalves Chaves e no Colégio Arnaldo em Belo Horizonte. Depois de concluir os estudos secundários, Toninho se ocupou com as atividades pecuaristas na Fezenda Santa Clara. Teve uma participação fundamental na construção do estádio João Rebello, um grande empreendimento à época para o esporte de nossa cidade. Casou-se com dona Marcolina Athayde Rebello, tendo sete filhos: Jayme Neto, João, Vera Lúcia, Marco Antônio, Jacintho, Cristina e Anamélia.








 

Em 1947, candidatou-se a vereador pelo PDS – Partido Social Democrático, não conseguindo se eleger, obtendo 138 votos. Desgostoso com a primeira experiência política, retornou às suas atividades particulares, não deixando entretanto, de participar de todo e qualquer empreendimento que viesse a trazer progresso e inovação para Montes Claros. Assim foi, na implantação da Companhia Telefônica de Montes Claros e na implantação dos primeiros sinais de televisão. Presidiu da construção do Frigonorte e Presidente do CORTNORTE – Cortume Norte de Minas, voltado ao beneficiamento de couros e derivados.




Em 1966, diante de um consenso da ARENA, partido que abrigava os antigos partidos, PSD, PR EUDN, aceitou ser candidato a Prefeito – candidato único – com o apoio inclusive da modesta oposição, que se abrigava no MDB. Com uma necessidade fundamental de se consolidar nos municípios, o movimento revolucionário de 1964, mudou as regras do jogo, e dividiu de forma substancial, as verbas federais, com uma política municipalista, que enfraquecia os estados. Diante da nova realidade, as cidades passaram a contar com recursos nunca dantes imaginados, colocando em dia as suas finanças e investimentos. Nas mãos de empreendedor honesto e capaz, a cidade experimentou a maior transformação urbanística dos últimos cinqüenta anos, a ponto de Toninho colocar sob a apreciação da Câmara, O Plano Diretor, instrumento de planejamento urbano, que modificaria de maneira irreversível, a face de Montes Claros. O seu plano, apesar de belo, sangraria a cidade na sua tradição. Os partidos que o colocaram como candidato único, perderam as eleições em 1970, exatamente para o doutor Pedro Santos, que rebatia com veemência, as inovações do Plano Diretor de Urbanismo.




Toninho Rebello modernizou a administração pública em Montes Claros. O asfalto, que nossa cidade não conhecia, foi implantado na maioria da vias públicas do centro da cidade.




Terminou o novo mercado Municipal, iniciado no governo de Simeão Ribeiro Pires, mudou a Prefeitura para a Avenida Coronel Prates, onde teve melhores instalações, implantou a fábrica de pré-moldados de cimento e criou uma oficina própria de manutenção dos equipamentos da prefeitura.




Seis anos depois da primeira administração, atrelado aos grupos políticos tradicionais que de forma absoluta lhe deram sustentação, Toninho foi eleito Prefeito, com mais de 50% dos votos, numa consagradora manifestação de apoio a sua competência e lisura. Realizou grandes obras, como o Centro Cultural; A urbanização da Avenida Deputado Esteves Rodrigues, saneando de vez O Rio Vieira, obra iniciada no mandato de Simeão Ribeiro, continuada no primeiro mandato de Antônio Lafetá Rebello e no segundo de Pedro Santos, e a Estação Rodoviária Hildeberto de Freitas, inaugurada pelo então Presidente João Figueiredo.




Toninho Rebello, que pregava não ser político, agia sempre com habilidade política, no exercício de suas funções. No seu segundo mandato, principalmente, deu uma importância muito grande às atividades políticas de seus correligionários. Evitou, entretanto, de ouvir as vozes das lideranças dos bairros e das associações comunitárias, que não eram beneficiados com o arrojo de obras proporcionadas pela administração municipal.




Quando lhe chegou às mãos, o Programa Cidades de Porte Médio, Toninho providenciou os mais diversos projetos, que enfim beneficiaram a maioria dos bairros emergentes, e também àqueles mais antigos, com sérios e crônicos problemas de equipamentos urbanos. Sua vontade de realizações, se esbarrou na sonolência e burocracia de sua equipe técnica, e acabou legando ao seu sucessor, uma soma considerável de recursos.



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