Os papéis familiares na família contemporânea

Jornal O Norte
Publicado em 08/09/2008 às 09:54.Atualizado em 15/11/2021 às 07:43.

Thalita Freire-Maia


www.freiremaia.com.br



As inúmeras mudanças sociais pelas quais passamos nos levam a repensar a família, o seu lugar e sua importância na sociedade atual. Há algumas décadas esse era o norte da maioria dos indivíduos. A família era composta por pai, mãe e filhos, e não se podia pensar de uma maneira diferente. O pai provedor, a mãe cuidando da casa, do bem-estar do marido e dos filhos, e os filhos se inseriam nessa realidade inquestionável, tornando-se adultos ao molde dos pais.



Quem fugisse à regra seria visto com certo preconceito.



Ao lado das muitas transformações do mundo, também a família vem se transformando, e muitos valores são alterados. A mulher ganhou espaço e força no mercado de trabalho, se ocupando de diversas coisas além da casa, dos filhos e do marido. O homem deixa de ser apenas o provedor da família e pode assumir com mais liberdade seus afetos, seus sentimentos. Pode compartilhar, como a mulher, de atividades que antes eram tidas somente como pertencentes ao sexo oposto.



E assim, a família como um todo se transforma. O casamento, antes considerado necessário e algumas vezes obrigatório, perde sua força. Muitas são as “famílias” separadas, onde os pais são apenas namorados, se encontrando apenas quando querem. Muitos são também os filhos de produção independente, outros, filhos de pai ou mãe solteiros ou pais separados. Muitas são as avós que se tornam mães de seus netos. E estes são apenas alguns exemplos. A sociedade já não se assusta mais com essa alternância de costumes e valores.



Porém, como fica essa situação para as crianças e adolescentes que têm de se adaptar a novas estruturas familiares e aos novos papéis que se formam?



É inegável a importância de ambos os pais estarem junto a seus filhos. Não no sentido da conjugalidade, da família nos moldes tradicionais. Mas, junto no sentido de participar da vida dos filhos e cumprir a função básica da família.



Ou seja, independente da configuração familiar e das formas de relacionamento e funcionamento da família, é importante existir uma boa vinculação familiar, que construa uma estrutura segura capaz de proporcinar apoio e proteção aos seus membros. É preciso lembrar que a família tem papel fundamental na construção de valores, crenças e projetos de vida das crianças e adolescentes.



Mais do que qualquer coisa é importante que haja sólidos e positivos pontos de referência, essenciais para o bom desenvolvimento da criança e do adolescente, tais como a certeza de ser amado e aceito, de poder mover-se livremente e a consciência clara do que acontece ao seu redor. É necessário que os pais busquem dar equilíbrio e estabilidade emocional aos filhos, seja qual for a estrutura familiar vivida.

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