Rev. Carlos Alberto Cavalcante
Cavalcante@oi.com.br
Conta-se que o avô e neto resolvem sair para passear. O avô monta seu neto pequeno no jumento da família e começa uma caminhada pela pequena cidade onde viviam. Enquanto caminhavam, os transeuntes comentam: Que menino egoísta e mimado montado no jumento, enquanto seu avô caminha. Como não queria que as pessoas criticassem seu netinho, o vovô troca de lugar com o garoto. Logo, as pessoas começam a falar: Vejam aquele homem preguiçoso, obrigando a pobre criança a caminhar. Como não queria ser chamado de preguiçoso, o velho homem desce do jumento e caminha ao lado dele. Novamente os observadores comentam. Que pessoas idiotas caminhando, enquanto poderiam estar montadas no jumento. Agindo em razão das críticas, o avô monta no jumento com seu netinho.
Enquanto prosseguem, as próximas pessoas que os observam comentam. Quanta violência, contra o pobre do jumento, vai quebrar as costas do animal. Em resposta a isso, desmontam do jumento e o carrega nas costas o resto do caminho até que conseguem finalmente, exaustos e molhados de suor e concluir o passeio.
Um alerta contra a maledicência
Seria uma bela história de passeio entre o vovô e seu netinho se não fosse os críticos de plantão naquela pequena cidade. A Bíblia reprova severamente este tipo de atitude. O apóstolo Paulo faz uma alerta aos cristãos da região de Colossos, uma região que ficava ao sul da antiga Frigia; hoje esta região estaria a oeste da Turquia. Lembra o apóstolo Paulo sobre a necessidade desses cristãos em abandonar traços que já não fazia parte da sua nova natureza, tendo em vista que estes agora em Cristo seriam novas criaturas e, portanto as obras da carne tais como: ira, cólera, malícia e palavras torpes e maledicência não poderia mais está entre eles.
Colossenses 3.8 “Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca.” É importante lembrar nesta conexão, uma coisa é quando conversamos com alguém e diretamente chamamos sua atenção de coisas que tenha feito errado, dando a oportunidade deste se defender e/ou corrigirem suas falhas. Agora outra coisa bem diferente é falar mal de uma pessoa sem que esta esteja presente e tenha a oportunidade defender-se. Disse alguém certa feita a maledicência ou a calúnia é sem dúvida um dos piores males da humanidade, tendo em vista que faz dois culpados e apenas uma vitima.
Um alerta a critica por critica
Existem pessoas que tecem criticas somente com o intuito de destruir a paz de uma pessoa ou de um grupo social ou mesmo religioso. A Bíblia condena este tipo de comportamento, portando diz o apostolo Paulo que devemos nos abandonar de uma vez por todas a maledicência e toda linguagem indecente ou imprópria. Jesus compara essas pessoas com “sepulturas”, que tem por fora possui uma aparência agradável e vistosa, mas por dentro cheios de ossos secos.
A Bíblia afirma em Tiago 3.5-6 “Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.” Então meu digníssimo leitor veja como devemos controlar o nosso falar e sobre tudo quando falamos de outras pessoas. Hoje nosso objetivo é lembrá-lo de que a “Maledicência” não agrada a Deus e todos nós iremos dar contas de tudo aquilo sair de nossa boca.
A esperança Bíblica contra a maledicência
Mas há uma saída bíblica para que nós não sejamos maledicentes no trato de uns com os outros. A Bíblia nos fornece diversas orientações, vejamos, por exemplo, o que Paulo afirmou aos irmãos de Éfeso em quinto capitulo. Em primeiro lugar devemos modificar de uma vez por todas nossa linguagem. Uma ótima maneira de alterar nossa linguagem é lendo a Palavra de Deus, o livro mais lido em todo o mundo, mas há diversos livros agradáveis que podemos apreciar e sermos edificados alterando nosso linguajar torpe para um linguajar que glorifique a Deus e traga para pessoas que nos cercam razoes para ficarem cada vez mais perto de nós, uma segunda dica para tornar anular o intento humano da maledicência é sempre em todo instante louvar e adorar ao Deus dos céus, todas as vezes que fazemos isso, estamos dizendo que Deus está em primeiro lugar e, portanto cumpriremos aquilo que ele nos ensina através da sua Palavra, que devemos amar os nossos irmãos e não amaldiçoá-los como pregam os maledicentes da atualidade, uma terceira dica é termos um coração grato a Deus por tudo que ele vez em nós e fará através de nós, Deus não tem um plano “B” ele chamou a sua igreja a fim de proclamasse as boas novas e não as más notícias, os anjos anelaram anunciar o evangelho das boas novas, mas Deus deu este direito e dever a igreja de Cristo. Portanto, devemos bem dizer a pessoas e não maldizer e tecer críticas maliciosas, pois ao invés de edificar, levam outros a caírem no buraco mais fundo e estes desejam ainda mais afastar-se. A Bíblia diz em Provérbios 25.11. “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.”
Um desafio para nossos dias
Vivemos uma época onde os relacionamentos estão cada vez mais difíceis, estamos perdendo o vinculo com as pessoas por que ficamos com receio das criticas e da maledicência. Isto é uma verdade meu querido leitor, todavia é preciso ter em mente que Deus nos fez pessoas relacionais e precisamos nos relacionar uns com os outros, não podemos fugir das criticas, muitas criticas não fará crescer e amadurecer, quando estas são realizadas em amor e sem o intuito de ferir ou denegrir a imagem de ninguém. Por isso eu quero desafiar você a levar as pessoas boas palavras e quando for preciso produzir uma critica que a faça no tempo e lugar correto e seja direto com aqueles que você deseja criticar a fim de que este não morra de tristeza. Um forte abraço do amor de Jesus e até o nosso próximo encontro.
(*) Pastor da Igreja Presbiteriana Cidade Nova