Membros da bancada de oposição à administração Athos Avelino, na câmara municipal de Montes Claros criticaram a decisão da mesa diretora da casa em colocar em pauta, para votação em reunião extraordinária, na próxima quarta-feira 20, dezenas de projetos de uma só vez, sob o argumento de esvaziar a pauta legislativa, considerando que na quinta-feira 21, será realizada a última sessão ordinária do ano, com a eleição dos novos dirigentes parlamentares.

Eles entendem a convocação excepcional do legislativo como um desserviço à democracia, porque impõe votação em bloco, o que fatalmente culminará na reprovação de todos os projetos de grande alcance social, oriundos do bloco oposicionista.

Ainda de acordo com os membros da bancada de oposição, a câmara municipal estaria, com a realização da sessão, jogando por terra todo o brilho dos bons momentos que experimentou nesta etapa legislativa, ainda que episódio como o dos pombos-correios tenha manchado a imagem da casa nobre.

A câmara, também, admitem, teria consumido muito de seu tempo ao longo do ano com sessões solenes, deixando de votar projetos que foram protocolados ainda no início de fevereiro de 2006, e que agora são reunidos numa leva só, para que caiam de pau sobre eles, para derrotá-los.

Os vereadores acrescentam que mais uma vez o rolo compressor do prefeito atua no legislativo de Montes Claros, alimentando a revolta da população que perderá importantes benefícios, censurando os obstáculos construídos para evitar a votação dos projetos com o tempo técnico necessário para suas devidas apreciações.

- O vereador ganha bem para trabalhar e poupá-lo de suas tarefas, quando há interesses pessoais e politiqueiros do executivo é um erro, sobretudo nesse momento em que o congresso nacional aumenta o salário dos parlamentares, que culminará na elevação do salário do vereador para 12 mil reais.

Desta forma, concluem, a câmara de Montes Claros ajuda a aumentar a indignação do povo trabalhador, cujo salário mínimo vai ter um reajuste de apenas 25 reais.