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Quarta-Feira,12 de Março

Opinião: do laboratório da Funorte para o mundo

Jornal O Norte
Publicado em 31/08/2007 às 22:30.Atualizado em 15/11/2021 às 08:15.

Samuel Nunes *



No dia 24 de agosto de 2002 surgia na Funorte - Faculdades Unidas do Norte de Minas, no campus JK, o jornal Opinião. Foi em uma sala com menos de dois metros quadrados, mais um computador e muita disposição e dinamismo que o hoje também diretor de redação e editor de O Norte, Reginauro Silva, começou a reescrever a sua história no jornalismo impresso dos Montes Claros, depois de passar mais de cinco anos em Belo Horizonte e mais cinco na Bahia. Regis pautava e concebia aquele semanário que era uma espécie de laboratório para acadêmicos do curso de Jornalismo.



Em uma manhã de segunda-feira, Reginauro Silva foi apresentado à época para o 1º período de Jornalismo do qual este aprendiz de escritor fazia parte e fez o convite para que nós participássemos do valioso projeto do jornal Opinião que, como o próprio nome diz, já tinha naquela oportunidade o objetivo de expor idéias dos mais variados temas, por meio de artigos, crônicas e matérias. Daí ter nascido com o slogan - Um jornal que não se dobra -, que era muito mais que uma alusão ao formato europeu ou tablóide.



Este aprendiz de escritor aprendeu a gostar e se sentir à vontade naquele pequeno espaço do JK, onde era redigido e editado o semanário. Durante os meus quatro anos de faculdade tenho orgulho de ter escrito inúmeros artigos, crônicas e matérias que me proporcionaram um encontro saudável com as letras e, sobretudo, ter aliado durante a minha vida acadêmica a teoria à prática.



Lembro-me como hoje de um dos primeiros artigos que escrevi com o tema: Três coisas que não voltam atrás: o tempo, as oportunidades e a flecha que o arqueiro atira. Como este humilde acadêmico não sabia nem mesmo ligar o computador, o Regis Silva recebia o meu material feito em uma folha de papel chamex ou de caderno e ele mesmo digitava no seu computador. Jamais teceu críticas pela minha incapacidade de não saber lidar com o computador, pelo contrário, cobrava e muito para que eu continuasse escrevendo, apesar das dificuldades.



Por ser de família de poucos recursos, passei a ter um desconto de R$ 105, na mensalidade com o meu estágio no Opinião. Nesse contexto, agradeço à diretora da faculdade Tânia Raquel de Queiroz Muniz, por ter me inserido no rol de alunos beneficiados com esse projeto acadêmico. Pode parecer pouco, mas foi muito importante para que eu continuasse perseguindo o meu sonho de me graduar em Comunicação social, com habilitação em Jornalismo. 



Fernando Abreu, Rafael Mendes, Erick Assunção (já falecido), Valéria Esteves, Leonardo Camacho foram alguns colegas que fizeram parte desse importante veículo de comunicação. São cinco anos de muita luta, aprendizado, aperfeiçoamento e de novos nomes, como Raphael Reys, Dário Cotrim, Luiz Alberto Caldeira, Gal Bernardo, Antônio Augusto Souto, Ajax Tolentino, Denner Krüger, Adilson Cardoso, Damião Alves, Dóris Araújo, Amelina Chaves, Felipe Prates, Ronaldo Almeida e tantos outros que passaram a fazer parte do que eu denomino de Galeria do Opinião.



Lendo recentemente um texto sobre o número cinco, o autor afirma que o referido número é considerado símbolo do desenvolvimento da humanidade, porque o que possibilita a constituição de uma sociedade são os cinco sentidos. O texto lembra que, sem os sentidos, não haveria integração entre as pessoas, conseqüentemente, resultaria a impossibilidade de estruturação social. Daí a importância destes cinco anos completados pelo Opinião, que cresceu sobremaneira e passou a ser um suplemento do jornal O Norte de Minas, o jornal mais lido da área mineira da Sudene. A sua contribuição para o desenvolvimento intelectual, artístico e cultural é inquestionável. Como o número cinco, você Opinião possibilita a Montes Claros continuar sendo chamada de a Cidade da Arte e da Cultura, levando o que há de melhor e sua gente para os quatro cantos do mundo, via internet.



Particularmente, agradeço a você, Reginauro, pela oportunidade que me concedeu há cinco anos, de aprender a escrever para o jornalismo impresso e, por conseguinte, de fazer parte da história desse veiculo. Ao professor e hoje deputado estadual Ruy Muniz, obrigado por ter visualizado e proporcionado a oportunidade de o Regis voltar à imprensa montes-clarense depois de tantos anos na terra dos orixás. Parabéns, Opinião, pelos cinco anos de existência, e que muitos outros possam vir.



* Jornalista e aprendiz de escritor

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