Amélia Prates Barbosa Souto
Os dicionários registram o significado da palavra “democracia” como governo do povo, soberania popular, doutrina ou regime político baseado nos princípios da distribuição eqüitativa do poder. Este é o dito regime do governo brasileiro, que convive com todas possíveis e impossíveis arbitragens. Maiores e mais graves corrupções que usurpam os direitos naturais, prioritários, necessários para se viver honesta e dignamente.
São tantos e tão rápidos e tempestuosos, que nem mesmo acabam de acontecer, uma outra temeridade, verdadeiras desgraças morais, lá vem outra. O povo impotente, apavorado sem mesmo entender o como, e o porque de tantas desrespeitosas ações que desacreditam a cada instante mais os nossos escolhidos, eleitos para cuidarem, vigiarem, defenderem nossos direitos, a soberania do povo pobre fraco, inculto.
Os nossos políticos desde que eleitos se esquecem dos compromissos, das promessas, das necessidades do povo. Voltam-se para os seus interesses próprios, da prática escandalosa de volumosas fraudes que desviam grandes verbas dos cofres públicos, sem nada lhes acontecer. Negociatas propinas que os fazem ricos rapidamente. Um enriquecimento ilícito, silencioso, causando desastres econômicos para as instituições públicas. Favores, ajeites escandalosos.
Câmaras municipais, Assembléias legislativas, Câmaras federais, Senado, tudo de acordo para que possam contar uns com os outros, com poucas execuções. A mídia nos últimos tempos, tem mostrado, comentado os absurdos, mas sem forças, poder para na realidade resumir-se simplesmente nas notícias, visto ser o que pode fazer, mesmo as vezes sofrendo perseguições, represálias por parte de empresários, bancos coniventes e participantes dos lucros. Os valores são assombrosos, só se fala em milhões, bilhões, com gastos na manutenção dos trabalhos governamentais.
São inúmeras e inexplicáveis os montantes. Ainda assim se aprova por conta só deles o aumento do numero de vereadores por este Brasil afora. Sem nos esquecermos que os que aí estão já pesam muito no bolso do contribuinte com grandes salários que não justificam. Que a indignação do povo demonstrada em vários jornais de categoria nacional, possa intervir nesta desfaçatez reconhecida vigarice que trará desgastes danosos à população. Safadeza que alimenta negociatas eleitoreiras com os novos sete mil cabos eleitorais trazidos em boa hora para os deputados, contrários a já exposta e manifestada opinião pública.
Que Deus toque a mente e o coração das nossas infelizes desonestas, incompetências em beneficio de melhores dias para tantos sofridos, com tamanhas escabrosas injustiças sociais com que convivemos cada vez mais. Embora saibamos que na maioria das vezes queira se fazer crê o contrário. Basta pensar as situações calamitosas: da saúde, da educação, do desemprego, das estradas e da terrível segurança onde prepondera a imensurável violência por todo país. E onde anda a dita democracia brasileira, sistema aberto a direitos e proteção à justiça social deste povo?
