O sentimentalismo burguês

Jornal O Norte
03/12/2009 às 10:38.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:18

André Senna

Por que será que temos sempre a fragilidade de olhar para um mendigo, um menor abandonado, entre outras mazelas do mundo capitalista atual e lamentar. Coitado, que pena, nossa sinto tão mal de vê-los assim. Mas na realidade em nossa grande maioria não fazemos nada que possa servir de alento ou melhorar a vida dos miseráveis. Não temos poderes e somos, em maior número, apenas miseráveis que se dão ao luxo através do esforço do trabalho e das oportunidades, de vivermos com decência. Mas como cidadãos podemos sim de alguma forma doar um pouco de nós mesmos. De certa maneira todos que sentimos esta sensação para com o próximo podemos ajudar sim. Falta na maioria das vezes a visão social do problema. Atitude de nossa parte propriamente dita. Cada um de nós temos uma maneira de ajudar. Esqueça o resto do mundo e ajude mesmo que de maneira simples, sutil, uma pessoa socialmente excluída. Sua parte estará feita e assim poderá não mudar o mundo, mas terá a consciência de que contribuiu para um mundo melhor. Um grão de areia não é uma praia, mas a praia precisa do grão de areia para existir, pois ela nada mais é do ponto de vista matemático que um conjunto de grãos de areia FINITOS, porém incontáveis. Portanto deixemos de lado o sentimentalismo burguês e coloquemos em prática o que manda nosso coração cada um de sua forma.

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