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Sábado,20 de Dezembro

O namoro acaba. A gente não.

Por Laura Conrado

Jornal O Norte
Publicado em 30/08/2013 às 08:35.Atualizado em 15/11/2021 às 17:10.

Por Laura Conrado

Tristeza, raiva, desabafos infindáveis ao telefone, fotos rasgadas, alguns palavrões... Terminar namoro nunca é fácil seja para quem fica ou para quem vai. Certa vez, uma amiga estava lamentando o término de um namoro de dois anos. Dentre a falta que ele fazia, percebi que a maior dor dela era não ter mais sonhos. “Não sei mais o que quero da vida. Os planos que eu tinha eram com ele”, ela dizia entre lágrimas.

Fiquei pensando em como os planos de uma amiga bonita, nova, prestes a se formar poderiam ter acabado assim. Parece ser uma característica bem feminina deixar de lado os projetos individuais em detrimento dos sonhos a dois. Todas já fizemos isso zilhões de vezes. Apaixonar, às vezes, parece resultar na perda da nossa individualidade.

Igor Caruso, um psicanalista que escreveu textos de que gosto muito, dizia que a cada término experimentamos um pouco da nossa morte: assistimos ao nosso falecimento na vida do outro. Faz sentido. Morremos na vida do ex para nascer na vida de outras pessoas. O ex morre em nós para dar espaço a novos amores e sonhos. A vida segue, inventamos novos sonhos e seguimos novos caminhos.

O relacionamento pode acabar. A gente não.

P.S.: Minha amiga citada no texto hoje está casada, é mãe de dois filhos e passou as últimas férias em Cancun!

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