Juarez Alvarenga (*)
Ser hóspede cinco estrelas dentro de nossa própria morada é o que desejamos. É natural em certas fases de a vida entrar num labirinto psicológico, mas é também natural encontrarmos uma saída. Os tormentos psicológicos são mais doidos do que as privações materiais. Libertar é necessária valentia interior e disposições otimistas perante a vida. Para mim a existência nunca perdeu a cor. Isto se deve a intensidade da tonalidade e a destreza do pintor.
Lembro ainda hoje que meu interior é como salão de dança em que dancei com minha mãe a formatura de ginásio. Ela, minha mãe roubou todos os meus sonhos profissionais e como torcedora fanática ficou sempre na arquibancada da vida, solitária assistindo lance por lance até o resultado final.
Fazer faxina diária em nosso interior é uma tarefa indispensável e hercúlea. Não deixar acumular desânimo, tristeza, desilusão e indolência em nosso intimo é implantar um sistema vencedor onde o que se ajusta são sonhos possíveis, motivação resistente e se possível alegria permanente.
Nosso intimo pode ser um castelo ou um inferno. A rédea de nossa vida psicológica nos pertence naturalmente.
Podemos sentir felizes como num estádio cheio de gente em dia de Cruzeiro e Atlético como também vencido quando encontramos com nós mesmos a meia noite, no quarto na cama parecendo que estamos assistindo um filme de terror.
Dentro de nosso interior devemos ser trapezistas de circo, pois a vida nos exige acrobacias mágicas para nos mantermos felizes.
Se seu interior é um abismo onde você joga a vida como estivesse jogando o lixo, aprenda a cavar a profundidade de seu intimo que poderá existir tesouro escondido à espera de ser lapidado pelo seu profissionalismo em busca da felicidade contundente.
(*) Advogado e escritor - juarezlalvarenga@ig.com.br