A Bíblia traz um ensinamento precioso para o momento em que vivemos. Fala do joio, uma praga que surge nas plantações de trigo e que confunde o agricultor, que perde tempo e cuidado com a planta daninha e só descobre que ela é uma peste no momento da colheita.
A parábola nos ensina que no dia-a-dia somos forçados a conviver com algumas pessoas que se apresentam como nós, que falam como a maioria fala, que aparentemente querem o que todos querem mas que, por trás da máscara, são contrárias ao bem estar coletivo.
Na época da colheita, o trigo se curva com o peso da espiga que produziu, enquanto o joio se mantem aprumado por não ter frutos.
Montes Claros assiste a ação do joio tentando confundir a opinião pública para abafar o trigo, impedindo que produza frutos para a coletividade.
Há um punhado de vereadores que são como joio no meio do trigo. Falam em defesa dos interesses da população, quando de fato, nos bastidores, buscam seus próprios benefícios. Falam em defesa da coletividade quando o resultado do que pretendem leva ao prejuízo de toda a comunidade.
Um exemplo disso é o comportamento de alguns vereadores diante da necessidade de financiamento para que a Prefeitura realize obras inadiáveis para a retomada do desenvolvimento da cidade. A Câmara precisa autorizar a administração a prosseguir com a negociação.
Se a maioria dos vereadores concordar a cidade sai ganhando. Se não acontecer o financiamento, Montes Claros vai perder. E perder feio.
O argumento de alguns dos vereadores que se colocam contrários à proposta é de que o financiamento será prejudicial para a comunidade, elevando a dívida do município em quase um terço.
Ora, é exatamente o contrário. O financiamento faz parte de um planejamento apresentado ao Governo Federal dentro do Programa de Aceleramento do Crescimento – PAC, mais especificamente para o setor da mobilidade urbana. E há prazo para isso.
São R$ 167 milhões para o asfaltamento de três grandes avenidas sanitárias (Bicano, Pai João e Vargem Grande); para a construção de uma avenida chamada de Via Oeste, que fará a ligação da chegada de Pirapora até a saída para Januária, margeando a Serra do Mel, desafogando o trânsito na parte central da cidade e facilitando o acesso a dezenas de bairros, além da pavimentação de mais de 700 ruas.
Além disso a verba permitirá a compra de máquinas que a Prefeitura nunca teve, como uma fresadora de asfalto e outra para realizar a reciclagem do pavimento danificado. Onde há buraco e ondulação passaríamos a ter asfalto novo e nivelado. Onde há terra, poeira e lama teríamos ruas pavimentadas.
Exatamente uma das maiores reivindicações da população, além de significar oportunidade de crescimento organizado da cidade, expansão e valorização do mercado imobiliário, mais contratações na construção civil, expansão de lojas e escritórios ao longo das avenidas o que representa a contratação de mais vendedoras, secretárias, entregadores, gerentes...
A lista de benefícios é imensa. Pequena é a visão de vereadores que se colocam contrário ao financiamento.
Alguns em evidencia no cenário político desde a administração de Athos Avelino, quando o PT se instalou na Prefeitura. Inclusive com um, carregando nas costas, duas condenações por desvio de quase sete milhões de reais da Previdência Social dos Servidores Municipais.
Que nesta manhã o senso de responsabilidade e o espírito de coletividade, em busca de benefícios para a população fale mais alto do que os interesses particulares. Que Montes Claros seja a grande vencedora!
