O Instituto Cultiva e a prefeitura de Moc - V: Carta do coordenador Rudá reitera pedidos de resposta ao prefeito e dá xeque mate

Jornal O Norte
Publicado em 04/04/2007 às 09:26.Atualizado em 15/11/2021 às 08:01.

De: Ruda Ricci [mailto: ruda@inet.com.br]


Enviada em: sábado, 10 de março de 2007 21:45


Para: ‘vero@uai.com.br’; ‘dimascardoso@uol.com.br’; ‘prefeitomoc@montesclaros.mg.gov.br’; ‘marciafilocre’


Assunto: infelizmente


Belo Horizonte, 10 de março de 2007


 


Prezado Prefeito Athos Avelino


Prezados Secretários de Governo
,


 


Durante quase um mês solicitamos reunião com o Prefeito Athos Avelino para que pudéssemos discutir as precárias condições de trabalho que nossa consultoria vinha enfrentando. A solicitação foi feita através de fax, e-mail e telefonemas. Foram vários pedidos, que nunca foram respondidos. Na verdade, o que nos levou a pedir a reunião é exatamente situações similiares a esta: o silêncio e falta de respostas rápidas.



Como sabem, não somos um entidade com poucos contratos ou compromissos. Em nosso planejamento anual, decidimos que fecharíamos negociações de novos contratos a partir do final de março. Para nossa tranquilidade, estamos antecipando esta data e nossa capacidade de trabalho já está completamente esgotada.



Tínhamos definido o contrato com Montes Claros como prioridade institucional. Verbalizei esta decisão com a Secretária Márcia Saraiva. Mas, infelizmente, não tivemos a mesma compreensão de parte a parte.



Nos últimos meses, vivemos situações de muita tensão, com críticas em profusão de técnicos da prefeitura que reclamavam da falta de comunicação e apoio às ações de governança solidária. As pressões nunca cederam, embora tenhamos informado passo a passo o que sabíamos. As tensões entre secretários também nos atingiu, com falas e queixas crescentes. O mesmo pode ser dito em relação a vários conselheiros - que se sentiram abandonados por nossa equipe justamente porque o governo local não implantou a Casa da Cidadania e solicitou que não continuássemos desenvolvendo o programa de formação - e professsores da Unimontes. O volume de críticas é significativo e preocupante.



Temos, ainda, em mãos, avaliação do funcionamento de cada UAI. Duas delas (do total de 13) ainda não possuem sede. As secretarias não estão envolvidas na maioria das UAIs. Falta planejamento definido e algumas não estão abertas no horário comercial. O grande problema - que é a condução e deslocamento das equipes - nunca foi resolvido.



Elaboramos e projetamos com o governo municipal um plano ambicioso e inovador, que colocaria a atual gestão como exemplo nacional. Não é nenhuma projeção exagerada, já que conhecemos bem a realidade do país. Acreditamos tanto nesta possibilidade que abrimos portas para a Prefeitura captar recursos no exterior. Não fazemos isto com facilidade, somente em casos especiais, já que nossa credibilidade é um trunfo importante para a estabilidade da instituição. Mesmo assim, o governo municipal não correspondeu ao nosso empenho e disponibilidade. Foram diversas mensagens do exterior pedindo confirmações para nossa equipe, informando que não recebiam nenhum convite formal da Prefeitura de Montes Claros. Por mais que tenhamos informado e solicitado alguma iniciativa, na semana passada tivemos mais um disabor ao recebermos mensagem de Yves Cabannes que não teria como segurar sua agenda por mais tempo, já que nunca recebeu nenhuma confirmação oficial da Prefeitura de Montes Claros. Tentei salvar esta possibilidade solicitando um convite para a Unimontes e Câmara Municipal de Montes Claros, que já emitiram o convite.



As dificuldades e obstáculos poderiam ser superados, desde que pudéssemos ter uma discussão franca e aberta, identificar os pontos de estrangulamento e pactuar um planejamento rigoroso. Precisaríamos de alguma garantia política, alguma sinalização que o que vem ocorrendo não se repetiria a partir de agora. Uma reforma administrativa não significa nenhuma garantia. Trata-se de uma medida administrativa, não uma ação concreta, de mudança da performance de governo. Não podemos, portanto, ter esta medida como garantia de mudança de rotinas.



Não existe condições para uma consultoria se sentir útil quando percebe que os problemas se avolumam, que a situação política do contratante se agrava a cada dia e, mesmo procurando alertar, somos ignorados.



Assim, faço um último apelo para que nossa reunião seja agendada na próxima segunda-feira, dia 12 de março. Aguardaremos o agendamento até as 18 horas desta segunda. Caso o silêncio se mantenha, estaremos definitivamente cancelando qualquer possibilidade de continuidade dos nossos serviços. Esperamos receber pelos dois meses que trabalhamos neste anos (janeiro e fevereiro), fruto da confiança que imaginávamos ter com o governo local.



Caso esta seja a decisão de governo, desejamos sucesso e que todos esses problemas e obstáculos sejam superados com rapidez.



Atenciosamente,


Rudá Ricci


Coordenador do Instituto Cultiva

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