José Wilson Santos
zewilsonsantos@hotmail.com
Bah, tchê, tô aliviado pacas! Cientistas ingleses descobriram, depois de pesquisar pra lá de 1.800 mulheres, que o tal Ponto G é um mito, não existe.
Saibam os distintos ingleses – sem querer desmerecer o trabalho deles — que com número muito maior de trens bão pesquisados ao longo da vida, o Degas aqui já sabia disso de cor e salteado, pra não dizer de carreirinha.
Só faltava a palavra final da ciência confirmando oficialmente o fato e me aliviando.
Por mais que tenha tateado, usado instrumentos de altíssima sensibilidade e precisão — como a língua, o indicador e o fura-bolo, por exemplo —, por mais fundo tenha ido na questão, nunca encontrei o tal Ponto G.
Encontrei e mapeei, isso sim, ‘ene’ vezes, os pontos de exclamação e de interrogação:
Se você parar eu te mato!
Por quê parou? Parou por quê?
(Às vezes, vida de pesquisador é ...oda. A gente não pode cansar nem entregar os pontos antes que a pesquisa esteja pelo menos um a um).
Tenho cá comigo que o tal Ponto G é uma invenção das feministas pra acabar de ferrar a vida da gente, tornar a gente eternos incompetentes, imbecis incapazes de encontrar um ponto num universo tão pequeno e tão gostoso de pesquisar.
Mas eis que a ciência entra em campo e apenas com conversa mole e questionário desvenda o mistério, põe fim definitivo à questão: o Ponto G não existe e ponto final.
Coisa de ciência é assim mesmo, Índio Velho. Os ingleses nem precisaram colocar a mão na massa para descobrirem o fato.
Azar deles.
De minha parte digo e repito: bom mesmo é pesquisar a massa. Mexer, virar, entrar e sair, apalpar, sentir o gosto, avançar pesquisando noite a dentro, todo dia, aproveitando cada horinha que a vida corrida permita.
Talvez seja por isso que, mesmo aliviado pacas, devo confessar que continuarei minhas pesquisas particulares em busca, quem sabe, de uma contra-prova.
Neste sentido tô doidinho da silva para pesquisar uma feminista. Acho que foi esse item que faltou à pesquisa dos ingleses.
Se eu for a fundo, desvendar todos os mistérios feministas e mesmo assim não encontrar o tal Ponto G, acho que a questão assumirá ares de definitividade.
Já incorporei ao meu material de pesquisa barbeador novo e desodorante daquela marca, que não marca as axilas.
Nunca se sabe. Seguro morreu de velho. Vai que pinta uma feminista à moda antiga, daquelas com suvaco mais cabeludo que o meu?
Vida de pesquisador é ...oda, Índio Velho!
Acho que é por isso que eu tô dentro.