Nas Letras Jurídicas

Jornal O Norte
Publicado em 29/01/2013 às 18:17.Atualizado em 15/11/2021 às 16:57.

Os advogados estão em plena ação em uma época em que esses profissionais, suponho que mais do que nunca, são acompanhados pela atenção do povo. A Justiça é chamada ininterruptamente desde os bairros mais distantes às sofisticadas regiões de luxuosas mansões. Possivelmente mais do que antes, neste período da República, as decisões, não resolvidas administrativamente, são levadas ao Judiciário.



Em todos os problemas, desde o desabamento de prédios nas capitais, até as brigas de família e os acidentes com redes de água e esgoto apela-se à Justiça. Mas esta anda lentamente pela necessidade de efetivamente praticá-la como se espera, mas também pela desatualização de instrumental de trabalho.



Mas como em Deus, o povo ainda crê que a Justiça tarda mas não falha, o que constitui um alento e prova de confiança. As pessoas estão atentas ao julgamento dos assassinos de um jovem torcedor de futebol, trucidado em Belo Horizonte, ou nos rocambolescos esforços dos advogados na defesa do contraventor Cachoeira.



Publicações valiosas de profissionais da área de sua classe revelam a magnitude dessa atividade, essencial à democracia, às instituições e à sociedade. Em meio aos misteres próprios, os advogados se encontram em ação para outras instâncias do saber, como nas associações literárias e grêmios intelectuais.



Agora mesmo, está se processando a eleição para preenchimento de três vagas na Academia Mineira de Letras Jurídicas, cujo presidente é o ministro Adhemar Ferreira Maciel. Depois de um período na definição de novos rumos, a entidade voltou a plena carga, a começar por mudança de endereço e, neste momento, na sucessão.



As vagas são as dos juristas-professores Sidney Francisco Safe Silveira, Washington Peluso Albino de Souza e José Nilo de Castro, que ocupavam as cadeiras 38,18 e 25, figuras de relevo na advocacia e magistério. Na sede da Academia, na Tomás Gonzaga 802, dez candidatos já se inscreveram.



Para concorrer, os advogados tinham de ser mineiros ou residentes no Estado há pelo menos cinco anos, ter idade igual ou superior a 35 anos, além de apresentar currículo, o que é natural e necessário. Lá pelo final de fevereiro, o pleito estará definido, marcando uma nova fase na Academia, já integrada por autênticos representantes de uma classe laboriosa e sintonizada com os anseios sociais. Os candidatos são dez, rigorosamente analisados e, finalmente, eleitos três. Um processo minucioso, talvez mais cuidadoso que a escolha de uma Papa.



Manoel Hygino - escreve no jornal Hojee m Dia

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