Montes Claros revolucionária

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Jornal O Norte
Publicado em 22/06/2013 às 10:38.Atualizado em 15/11/2021 às 17:05.

O Brasil atendeu ao apelo por mudanças e veio para as ruas protestar.

Ecoa no nosso País o exemplo da Primavera Árabe que permitiu o retorno da representação popular em nações onde regimes ditatoriais há décadas impunham a ferro e fogo suas vontades e estilos de poder e opulência.

O paralelo entre as duas correntes, a que varreu os países do oriente médio e a que agora percorre o Brasil – pode parecer despropositado, mas é válido, sim.

Quando o povo vai às praças reclamar por direitos democráticos, onde não os tem, ou para reclamar questões as mais diversas, como se verifica no Brasil, o que se percebe é o clamor por respeito.

Lá o que se cobra é respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana; aqui o que se exige é o respeito ao cidadão.

Reclamar contra os estádios monumentais, no País do Futebol pode parecer um contrassenso, mas na verdade é um gancho para se pescar questões mais profundas: por que existe dinheiro para a construção de arenas bilionárias, contratadas de forma privilegiada, enquanto no País inteiro o povo padece com a falta de hospitais, por exemplo?

Parece que finalmente chegamos à maturidade de dizer, enquanto povo, não à surrada prática politiqueira de pão e circo. O brasileiro quer cidadania, e quer para isso que os seus representantes percebam claramente seus anseios e necessidades.

As multidões nas ruas clamam muito mais do que simplesmente por uma redução nos preços das passagens do transporte público. Quer uma política ética, menos corrupção, mais transparência, e uma Justiça sem vendas nos olhos.

Motivos para protesto sobram, enquanto faltam estradas, armazéns e infraestrutura portuária capazes de escoar a produção agrícola; faltam investimentos em educação e em  pesquisas avançadas de tecnologia; falta planejamento inteligente a longo prazo e falta também respeito na gestão dos recursos públicos neste  Brasil campeão mundial de arrecadação de impostos.

Se o estopim para protestar se acendeu agora, quando o mundo inteiro está com os olhos voltados para o Brasil, tanto melhor. Mas é fato que a indignação já podia ser vista e sentida em todos os cantos do País.

Montes Claros é exemplo categórico disso. Indignados com a perpetuação do poder nas mãos de poucos e por mais de 30 anos, a população fez democraticamente sua revolução política, extirpando a oligarquia que predominava e colocando em cena novos agentes, no executivo e legislativo.

E por aqui a revolução não para, mesmo que bombardeada pelas centenas que perderam a oportunidade de continuar a usufruir das tetas da Prefeitura.

Em menos de dois meses os salários dos funcionários municipais passaram a ser pagos em dia;  melhorou-se as condições de trabalho para os profissionais da saúde; o salário dos médicos contratados pelo município foi recomposto; houve um embate corajoso para que hospitais, acostumados a decidir sobre as questões da saúde no município passassem a oferecer maior volume de serviço de qualidade á população, mais do que dobrando as cotas de exames, consultas, e cirurgias; começou a recuperação de vias de acesso; a frota de caminhões de coleta de lixo foi reformada e ampliada e, o que não aparece e é imprescindível: estancou-se a sangria aos cofres públicos, o dinheiro do povo passou a ser administrado de forma inteligente e transparente.

Essa mudança de paradigma permitiu a valorização dos professores, que também mostra o acerto da escolha:  em Montes Claros os professores da rede municipal de ensino ganham o piso federal e são melhor remunerados do que os professores da rede estadual.

Em relação ao preço da passagem do transporte coletivo, Montes Claros deu exemplo para o Brasil e saiu na frente.  O prefeito determinou a redução do valor da tarifa, sem abrir mão da exigência de mais ônibus, da regularidade dos horários e do fim da superlotação.

Montes Claros é exemplo,  testemunho de que mudanças são possíveis, sim, e essas,  aqui já está em andamento.

Com ordem e progresso.

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