LauraConrado/Luisa Conrado
Permitam-me, queridos e queridas, compartilhar um texto de autoria da minha irmã, Luisa, de 21 anos. É oportuno e reflexivo. Espero que curtam!
Nunca fui de vomitar palavras e excessivas opiniões no Facebook por achar que gente demais já o faz. Mas nos últimos dias, em meu círculo social mais próximo, tenho me assustado os acontecimentos recorrentes.
Como psicóloga em formação, como amiga e como mulher, tenho visto muito desencontros nos relacionamentos afetivos. Vivemos em uma época em que se valoriza a sinceridade e o conteúdo, porém existe fortemente o medo de se envolver com outra pessoa. As pessoas andam machucadas demais e se afastam umas das outras diante do menor despertar dos medos, diante das fraquezas do outro.
E digo isso não sendo moralista e querendo dizer “vamos todos enfrentar nossos medos, esquecer do passado e fazer dar certo”, mas sim preocupada com excessivas ligações, conversas por whatsapp, SMS, facebook e visitas na casa de amigas que tem ocorrido simplesmente para tratar do mesmo assunto: “O que eu fiz de errado? Por que não pode dar certo?” até chegar no “tô de saco cheio de tentar me relacionar”.
E se engana quem pensa que isso é drama feminino, porque também ando escutando muitos homens por aí reclamando das mesmas coisas.
O que tem passado na minha cabeça junto com todas essas minhas análises particulares sobre essa questão é uma frase que minha professora de Análise Comportamental disse em sala uma vez: “Você ama porque namora ou namora porque ama?”
“Mais amor, por favor!” - o clichê é clichê por um motivo: é verdadeiro!
Acredito que enquanto pusermos os nossos medos na frente da nossa vontade de ter um relacionamento genuíno, todos os nossos relacionamentos serão fadados ao fracasso. Porque pra mim relacionamento é assim: você tem um medo ferrado, mas tem confiança o suficiente na outra pessoa para falar disso e encarar isso juntos. Um relacionamento, a meu ver, é essa entrega, mostrar-se verdadeiramente, despir-se sem medo de mostrar suas “celulites emocionais”.
Então, vai enfrentar?