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Sexta-Feira,26 de Dezembro

Marina fica com Aécio

Artur Leite

Jornal O Norte
Publicado em 07/10/2014 às 23:25.Atualizado em 15/11/2021 às 16:38.

É  claro que a noiva  mais cobiçada do Brasil neste momento é a ex-seringueira Marina Silva. Tanto Aécio como Dilma jogam todas as cartas para atrai a candidata derrotada, mas com milhões de votos  para a Presidência da República.Mas os ventos começam a soprar a favor de Aécio Neves. Um dia após ter ficado fora da disputa pela Presidência da República, ela começou a calibrar o discurso e negociar o formato do anúncio de seu apoio ao mineiro. A ex-senadora estuda a melhor maneira de se colocar ao lado do tucano sem parecer incoerente com a postura de “nova política” que defendeu durante a campanha e enumera pontos de seu programa de governo que pedirá que sejam incorporados pela candidatura do PSDB. A reforma política, com o fim da reeleição, a educação em tempo integral e a sustentabilidade estão entre os itens colocados à mesa pela ex-senadora. Todos eles já aparecem contemplados no programa de governo tucano. Um dos trunfos de Marina , é o eventual apoio da viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, a Aécio. A viúva já fez consultas aos aliados e começa a formular o seu discurso , inclusive com apoio do irmão de Eduardo Campos, que já declarou voto pelo Facebook.

Também o ex-presidente Fernando Henrique já está na ofensiva para conquistar Marina, tendo inclusive conversado com os chamados marineiros para construir um elo de apoio. É preciso analisar neste ponto, alguns pontos  semelhantes na linha política de Marina e Aécio. Senão vejamos: eles querem acabar com a reeleição e elevar mandato para cinco anos; diminuir o número de impostos e simplificar  regras do ICMS, rever o represamento de preço da gasolina para recuperar o etanol; rever subsídios ao setor produtivo, como os empréstimos do BNDES; redução do número de ministérios e metas de desempenho para avaliação do setor público. Não poderia faltar os pontos divergentes e que terão que ser acertados. Marina propõe a independência do Banco Central garantida por Leo; Aécio entende que isso não é preciso; Marina recuou da proposta de baixar a meta de inflação para 3%, agora encampada por Aécio; Ela defende 10% da arrecadação bruta para a saúde. Ele não propõe vinculação de gastos; Marina defende antecipar  meta de gastos de 10% do PIB com educação. Aécio não deu enfoque a isso. Mas em meio a conquista aparece a tradicional Luiza Erundina que  afirma”Há grupos no partido que querem Aécio Neves, outros que pretendem apoiar a Dilma [Rousseff]. Tomar uma posição única seria ruim, dividiria o partido. O melhor seria liberar para que cada militante, filiado ou dirigente, para tomar a sua decisão”, afirma a ex-prefeita de São Paulo. Mas  isto é outro caso.

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