Leonardo Álvares da Silva Campos

Trata-se de algum dos mamíferos gigantes da fauna pleistocênica sul-americana, como tigre dente-de-sabre, eremotérios e megatérios (parentes e ancestrais das atuais preguiças), o extinto cavalo americano, tatus primitivos, etc. Foi muito comum no setentrião mineiro o Eremotherium laurilardi lundi, eroneamente classificado nos anos 60, pelos pesquisadores Simeão Ribeiro Pires, Plínio Ribeiro dos Santos, Luiz Pires, Pedro Santana e outros, como megatério, que desapareceu há cerca de 10 a 15 mil anos, tendo como causa provável a seca.

Sem ter visto o aludido fóssil, mas pela descrição de uma vértebra, posso adiantar que se trata provavelmente de um eremotério, mamífero que se alimentava de folhagens, erguendo-se muitas vezes nas patas traseiras para colher com a boca folhagens de arbustos. Tais espécimes já foram encontrados em Montes Claros mesmo, nas imediações do Posto do Miguelzinho (saída para Pirapora), em Janaúba e Francisco Sá, tendo sido muito comum também no sul da Bahia.   

Já os dinossauros, répteis, não habitaram a região do atual município de Montes Claros, tendo sido encontrados em Minas Gerais no Triângulo. Eles, os dinossauros, foram extintos há 65 milhões de anos, portanto não foram contemporâneos dos homens, que apareceram na África (Quênia e Tanzânia) há cerca de três milhões de anos.

A notícia veiculada na mídia dá conta que próximo ao fóssil do mamífero foi encontrado um machado pré-histórico, ou seja, produzido pelo homem, o que está de acordo com achados em outros municípios apontando a coexistência desses últimos mamíferos da fauna pleistocênica, já caminhando para a extinção. Portanto, com o homem.