MAIS UMA VEZ A SECA

Artur Leite

Jornal O Norte
Publicado em 16/08/2014 às 10:31.Atualizado em 15/11/2021 às 16:35.

Estou no jornalismo há mais de 40 anos e alguns assuntos que envolvem a nossa região nunca mudaram de foco. A ausência de uma política de prevenção faz com  que nós tenhamos que publicar na imprensa as mesmas medidas  de ano após ano. Agora mesmo outro plano de emergência foi lançado e com certeza para amenizar o sofrimento da população diante da seca que nos pune há décadas.

Prefeitos e representantes de 75 municípios da região, participaram na Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (AMAMS) de uma reunião da Defesa Civil Estadual para anuncio do Plano de Gestão da Seca 2014 com o  chefe de gabinete militar do Governador e Coordenador Estadual de Defesa Civil (Cedec-MG), Coronel PM Alex de Melo, e ainda com, Tenente Coronel Paulo de Vasconcelos Júnior Secretario Executivo da CEDEC, EMATER Regional e o Secretário de Estado Raimundo Benoni da Sedinor - Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais, que na oportunidade também representou a Fundação Ruralminas. De autoridades a reunião foi um sucesso e coube ao coronel Alex de Melo do Gabinete Militar do Governador, anunciar que o Estado de Minas Gerais dispõe de 7 milhões de Reais para o atendimento emergencial 2014 com a distribuição de Água Potável e Cestas Básicas. Apresentou o cronograma para atendimento na operação pipa, lembrou que as previsões de seca para este final de ano é que a estiagem continue se agravando e colocou a equipe da CEDEC a disposição dos prefeitos, inclusive aqueles que ainda necessitam montar os documentos para reconhecimento e homologação de decretos municipais.O que mais nos assusta neste caso é o valor do recurso que não dá para resolver os problemas que ai estão, mas de qualquer forma que seja bem vindo, já que não há outra forma de acabar com  estas improvisações.O discurso do secretário da Sedinor, Raimundoi Benoni vem de encontro o que estamos interpretando, ou seja, “precisamos sim das ações emergenciais mas são necessárias as obras estruturantes “para mudar de fato a realidade da região”.

Um aspecto grave levantado por Benoni é de que alguns programas do governo Estadual correm risco de parar por falta de ação do governo federal por não entrar com a contrapartida, e citou como  exemplo o Programa de Distribuição de Cisternas de Polietileno .O quadro não poderia se repetir.Que os próximos governantes planejem bem  o que podem fazer para acabar com tudo isto com construção de barragens e outras alternativas, pois é duro ter a certeza de que todo ano ocorre esta cantilena...

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