Lenda da cabeça de Tiradentes

Jornal O Norte
Publicado em 24/10/2008 às 09:16.Atualizado em 15/11/2021 às 07:47.

João Rodrigues dos Santos


Professor Dão



Nos áureos tempos onde Minas Gerais, não passava de uma grande fazenda explorada para o gozo da nobreza e da realeza portuguesa. Portugal vivia da riqueza produzida nas minas de ouro esparramadas por várias partes das Minas Gerais.



Aqui escreveram várias páginas de crueldade e atrocidade, contra o povo que não podia lutar reprimindo sofrimentos impostos pelas superiores camadas.



A opulência da nobreza e a degradação moral eram comuns nas classes sociais dominantes.



Dizem que na praça principal de Ouro Preto, antiga Vila Rica, capital de Minas Gerais, existia um poste alto bem no centro daquela praça.



Ali foi colocada uma gaiola de ferro guardando uma cabeça ressequida, onde a pele já não existia, e cujos cabelos empastados de sangue, não, mostrava ao povo o quanto tinha poder As autoridades. Para Vossa Alteza de Portugal era uma demonstração que podia acontecer a qualquer um que rebelasse.



Aquela cabeça havia sonhado com a liberdade, almejava até a separação das Minas Gerais do mando de Portugal.



O sonho da liberdade era muito grande; as Europa estava desfraldando o iluminismo, ao liberalismo que cada cidadão ao nascer adquiri.



Aquela triste gaiola era vigiada 24 horas por guardas que se revezavam, a noite um lampião de azeite tornava a praça mais clara.



Certa noite, Vila Rica estava toda envolvida por denso nevoeiro, o vento soprava manso, o frio era terrível.



O guarda encostado em uma grande pedra segurando sua arma foi envolvido pelo cansaço e dormiu pesadamente acreditando que ninguém queria aquela cabeça ressecada.



Uma sombra misteriosa usando uma vara conseguiu derrubar aquela cabeça e envolvido no denso nevoeiro desapareceu. O guarda temendo castigo contou que misterioso vulto voando e soltando raios longos no ar desapareceu na noite fria levando a cabeça.



No século XVII, a crença na existência de bruxa e figuras endemoniadas era muito comum; na rua das Cabeças em Vila Rica, morava um velho solitário, arredio que raramente conversava com alguém, sua casa era uma tapera, com paredes tortas e portas caindo.



Certa noite, um grupo de amantes da noite, ao passar pelo local, olhando pelas frestas das janelas perceberam aquele misterioso senhor venerando uma caveira cujos restos de pele ressequidos, misturada com os longos cabelos sujos de sangue deviam ser de um ente querido do misterioso senhor.



O velho bruxo cheio de manias foi se tornando mais misterioso, até que foi se consumindo pelo tempo e sua casa envolvida no tempo desapareceu.



Aquela cabeça era do mártir da Independência?



Seria de um ente querido/



E o mistério que envolve tanto aquele bruxo com a caveira venerada por ele.



O tempo em piedade não deixou um rasto sequer do misterioso senhor e nem a caveira por ele venerada.

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