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Sexta-Feira,4 de Julho

Leitura sem censura - Para consertar o mundo - por Adilson Cardoso

Jornal O Norte
Publicado em 27/06/2008 às 10:39.Atualizado em 15/11/2021 às 07:36.

Adilson Cardoso


adilson.airon@mail.com



Há muitos e muitos anos tem se pensado em mudar o mundo para melhor. A psicologia,  a psicanálise, a mitologia, a filosofia e as artes já tentaram de tudo, porém, sem se chegar a uma solução que pudesse deixar esta linda bola azul feito o paraíso de harmonia que sonhamos. Grandes mestres do pensamento universal do Oriente ao Ocidente passaram a vida quase toda em jejum, em prol do bem, que infelizmente não atingiu o âmago do homem.



Pastores e padres, ainda que cobrando dez por cento, também fizeram sua parte. Mas ninguém chegou perto das tais mudanças. Então, com o título que ora me concede, de inspirador da paz universal, revelo em primeira mão:  começamos por liberar a venda de drogas, a maconha e similares, que serão considerados como o álcool e o cigarro. Todo traficante poderá montar sua boca de fumo em qualquer esquina, ter uma placa como as que vemos nos bares e afins, falando de seus produtos, sem deixar de acrescentar que a  venda para menores de idade é crime. 



No mercado poderá ser montada uma banca vendendo raízes alucinógenas, tudo com tabela de preços e com descrição dos efeitos para a saúde. O traficante passaria a comerciante, as favelas não teriam por que se armarem para disputar espaços, o dono da droga pagaria imposto e a fiscalização logo descobriria qualquer sonegador. As motos hoje usadas em assassinatos teriam placas indicativas - Tele-drogas use com moderação - com o nome da empresa que representa.



Assim cairia uma das maiores hipocrisias dos nossos tempos, de que o dândi  engravatado é santo. Quem quisesse droga teria que comprar na frente de todos.



Segundo, seria a implantação de lei da desvalorização do dinheiro. O sistema de escambo seria adotado, e se trocaria tudo. Seríamos literalmente um pelo outro, a tecnologia continuaria no mesmo avanço, porém, em plena parceria com os jogadores de futebol, pois teriam os mesmos direitos de trocar de time como agora, indo para a Europa ou para o cafundó que lhes for oferecido.



Ter namoradas-modelos que querem subir na vida e beber moderadamente, como fazem, porém sem os milhões absurdos que ganham. Abolição do analfabetismo seria lei: todo ser humano seria obrigatoriamente alfabetizado, qualquer que fosse a idade, para ter noção de cidadania. E, por fim, a total exterminação da cadeia, já que todos têm que trabalhar para o sustento, e nossos padrões de reclusão deixarim o ser que já tem desvio de conduta parasitando a sociedade que atingiu. 



No escambo, algo tem que ser dado para aquisição de um bem. Quem é ocioso não teria o que trocar, o tráfico-comerciante chegaria a um ponto de desistir de vender drogas, já que a usura do lucro não seria a mesma. Ladrão não gosta de troca, então, desistiria do intento, a guerra perderia o sentido, pois se mata quem está produzindo, falta mão-de-obra.



Assim seria o seria o novo universo, com pessoas livres produzindo para viver. Mas não seria aceito o tipo de troca que alguns monstros humanóides praticam com crianças à beira das estradas. Só me deixa preocupado uma questão, e quero dividir com você: onde arranjaríamos candidatos a nossas câmaras municipais, prefeituras, assembléias, congresso nacional, senado e até para governar os estados e a União? Se não existe dinheiro, qual seria o pagamento exigido por esses representantes do povo, que estão mais que celebridades nas páginas da corrupção e adjacências?



Penso que em algum ponto seria interessante, vejamos, se eles nos dão banana quando ganham, também ofereceremos a eles na próxima candidatura. Se a farra deles acaba em pizza, vamos fazer uma massa bem apimentada para recepcioná-los com bastante vermelho e a cara pintada que eles tanto temem. Só mais uma coisa: proibir a divulgação dos nomes de Ricardo Salsicha e Hilário Bispo quando eles participarem da Parada gay.

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