Adilson Cardoso
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Na idade média, o bobo era aquele dito zombeteiro que fazia sua majestade sorrir com chalaças e momices. De protegido e amado pelo rei esta servil criatura poderia ter seu pescoço arrancado, se suas atividades não resultassem na descontração esperada, passado todos estes anos hoje temos privilégio de soberano, durante alguns minutos nesta “corrida do ouro” julgamos as maiores esquisitices destes ávidos homens que buscam o poder pela política.
Usando de todos os artifícios para causar boa impressão, tem aqueles que apelam para a sensibilidade do publico e lhes clama piedade dizendo com sutileza “preciso do seu voto”! outros parecem dublar as próprias vozes misturando microfonias e ecos, tem os que se apegam na segurança do companheiro ou familiar tradicional para induzir quem assiste dizendo que é fulano de cicrano, tem aqueles que esquecem até o numero e ficam deslizando o olho nas placas estes são os favoritos do reino, pois além de não darem a atenção ao telespectador ainda mostram uma péssima afinidade com a leitura os “nobres adoram”, mas também encontramos os fieis que colocam Deus em primeiro lugar depositando nele o sucesso antecipado do seu pleito.
Sanfoneiros puxam o fole, educadores com seus poderes persuasivos tentam atingir o intimo para conseguir o intento, policiais dão números de tempos em que combatem a bandidagem. Alguns candidatos confundem o papel do Legislativo e querem invadir atribuições de Executivos, Judiciários e o que mais existir para surrupiar o voto, outros são tão vazios que não justificam por que querem ganhar aquele salário chegam pedindo que votem neles e dão o numero, você acha que vem algo mais no entanto é só isto, os críticos dizem que é hora de renovar, mas não falam que renovação estão propondo, ainda aparecem os semblantes fragilizados que já se aposentaram no exercício das suas profissões, mas insistem em garantir renda extra e partem para a disputa, as vezes falam tão baixo que é preciso fazer leitura labial para entender.
Nicolau Maquiavel considerado o pai da Ciência Política, escreveu O Príncipe, um livro que orienta todo grande líder que se lança a disputa do poder mostrando numa visão capciosa o que o “Candidato” precisa fazer para conseguir atingir suas metas, o autor fala das razões pelas quais os homens, especialmente os “príncipes”, são louvados ou vituperados que é a forma de conduzir súditos e aliados.
A conduta é muito importante segundo Maquiavel postura tímida, frívola, afeminada e irresoluta não são orientações para o poder. A política de Aristóteles previa uma cidade escravocrata onde o escravo fosse peça essencial para o trabalho. Fiz estas duas referências com certo temor que estas “armas” de efeitos imprevisíveis possam cair em mãos que não as entendam de metáforas , na história temos os exemplos de Hiroshima e Nagasaki e o mistério da formula de Einstein.
Retomando o assunto dos neo-bobos, tem alguns acendendo velas pelas ultimas trapalhadas que fizeram, outros temendo a Guilhotina por terem caído ao tentarem outras acrobacias. E vamos pra frente ainda tem tempo para mais palhaçada.