Rubens Santana
Repórter
O toque de recolher, medida que restringe a circulação de adolescentes à noite pelas ruas, discutido na última quinta-feira, 10, na câmara municipal de Montes Claros, por autoridades de segurança, não chegou a um consenso. O índice de criminalidade, segundo a PM, está em níveis aceitáveis, porém, a população montes-clarense não vem sentindo essa sensação de segurança que essas autoridades afirmam existir.
O Conanda - Conselho nacional dos direitos da criança e do adolescente, ligado à Presidência da República, divulgou no mês passado um parecer contrário a esse tipo de medida, argumentando que fere o direito à liberdade. Mas pelo menos 21 cidades em oito estados do país já tiveram decretado pela justiça o toque de recolher. Nessas cidades, polícia e conselhos tutelares dizem que o toque de recolher diminui os índices de criminalidade e de evasão escolar.
Em cada município, a ordem judicial tem particularidades. Na maioria, há uma tolerância que vai até uma hora para que os estudantes do período noturno possam retornar para suas casas
O NORTE foi às ruas e ouviu 13 pessoas, e quase todas foram taxativas em afirmar que o toque de recolher para menores reduziria o índice de criminalidade em Moc, uma vez que diversos adolescentes estão envolvidos em roubos e assaltos, além do tráfico de drogas.
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- Eu concordo, porém, não vai dar certo aqui porque temos uma política que domina e é uma política capitalista. Muitos filhos de autoridades e empresários ficam até altas horas da madrugada na gandaia. Com isso, eu sou a favor, desde que autoridades não impeçam que a lei seja aprovada. O que mais existe são menores, filhos de empresários, que andam de carro e moto na Avenida Sanitária.
Tito Lívio Martins Torres, 59 anos, assessor parlamentar - Bairro Cidade Nova
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