Marcelo Valmor
Professor
“Eu vou e amo o azul, o púrpura e o amarelo. E entre o meu ir e o do sol, um aro, um elo”. (Caetano Veloso)
Quem anda pelas ruas de Montes Claros tem quase 100% de chances de topar com um dos seus moradores mais ilustres - João Jorge -, ou JJ, como é mais conhecido. Aquele do Cobras e Lagartos, e agora As Quentes de JJ.
E o encontro é sempre agradável. Falante, João nos ocupa com uma conversa simpática e, acredito eu, sua fala, sempre generosa, estaria na verdade preocupada em informar as pessoas de tudo quanto ocorre na cidade. Jornalista, profissão jornalista! É assim que literalmente se sente.
E lá vai João. Para e escuta alguém, adianta seu passo, e imediatamente se encontra com outro e conversam, gesticula (sua expressão corporal é fantástica), se comunica plenamente na esperança de que seu interlocutor não saia de lá avaliando alguma frase/palavra, ou gesto, equivocadamente.
E novamente João retoma o passo, já que apesar de estar sempre conversando com alguém, o espaço que o separa do seu objetivo, quer seja algum clube para acertar os pequenos detalhes de uma festa sua, quer seja para uma reunião capaz de lhe garantir uma informação preciosa, vai sendo superado sempre regado a uma boa conversa.
De posse do dia e da noite escreve sua coluna. E agora ele retoma o seu caminhar através da informação que faz chegar a todos todas as terças e quinta feiras, além do sábado. Incansável João... A impressão que fica em todos nós é que ele não dorme, que não cansa, tal como o José da poesia de Carlos Drumond de Andrade, mas com uma diferença básica: ao contrário do José que não sabia para onde ia, João marcha seguro sempre para o seu destino.
Aprendi a conhecer e admirar JJ, e mais do que isso me considero, hoje, parte do seu grupo de amigos, além de apreciar a manutenção no seu apelido da inicial daquele que mais parece com todos nós: São Jorge, ou o Santo Guerreiro.