Informação tem valor

Por Kênio Pereira

Jornal O Norte
Publicado em 26/08/2014 às 23:31.Atualizado em 15/11/2021 às 16:35.

*Kênio Pereira

A postura ilógica de muitas pessoas valorizarem somente bens materiais é um desrespeito à inteligência. O resultado é facilmente percebido com a péssima qualidade dos serviços que têm sido executados por pessoas que se dizem especialistas. Isso ocorre porque a maioria delas é escolhida pelo menor preço e não pela competência. Logicamente a qualidade está ligada ao custo, à melhor preparação e à expertise, e exigir isso com preço baixo é uma grande ingenuidade.

A atitude de escolher quem faz mais barato desmotiva muitas pessoas de estudar ou de se esforçar para se tornar um bom prestador de serviços, mais qualificado. E assim vemos edifícios e viadutos caindo, pois quem realmente era capaz deixa de ser contratado. E quando surgem os prejuízos decorrentes dos erros, falta de atenção e de fiscalização, vemos uma enorme habilidade na criação de desculpas, na transferência de responsabilidades. Nessas situações, ninguém assume sua incompetência, a sua pressa em fazer rápido ou a sua ganância em querer ganhar o serviço e depois economizar para não ter prejuízo, por ter dado um preço abaixo do razoável.

Causa estranheza como as pessoas desprezam o valor do conhecimento, pois em várias situações solicitam uma prestação de serviços de graça. E falam: faça esse favorzinho, para você é fácil! Realmente, depois de ter adquirido experiência à custa de erros e de prejuízos, se não fosse “fácil”, esse profissional não poderia viver de seu trabalho.

Ignora-se que os bens como o automóvel, o avião, o celular, as edificações, etc, provêm do pensamento humano. De nada adianta a força física de 200 trabalhadores para construir um edifício sem o intelecto do arquiteto, do engenheiro e do calculista. Uma informação tem grande valor, pois a falha na redação de um documento pode ocasionar a perda de um imóvel. Uma palavra pode mudar todo o contexto do negócio.

O advogado especializado tem sido cada dia mais importante para que o cliente tenha tranquilidade. Mas aquele cliente que solicita dele que analise ou redija um documento sem que ocorra primeiramente a combinação dos seus honorários age de maneira errada. Merece destaque a sábia afirmação da atriz Cacilda Becker. “Não me peça de graça a única coisa que tenho pra vender!” Dessa forma, aquele que não cobra um valor digno pelo seu conhecimento é o primeiro a se desmerecer.

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