Há uma luz no fim das trevas - por Heberth Halley

Jornal O Norte
Publicado em 28/12/2007 às 11:31.Atualizado em 15/11/2021 às 08:27.

Heberth Halley *



Na semana que antecedia o natal, data em que comemoramos o aniversário do nascimento do Senhor Jesus, acontecem dois fatos lamentáveis em minha família. O primeiro foi no dia 21, após participar da colação de grau do amigo Bruno Freitas Suvinil, que se formava em direito pelas Faculdades Santo Agostinho, no ginásio poliesportivo Tancredo Neves. Meu carro e de minha mãe é roubado, mas graças a Deus é encontrado abandonado no outro dia pela manhã, próximo ao posto Dângelis, sem as quatro rodas e o estepe. Menos mal.



Depois de nossa família estar feliz por ter encontrado o carro, vem o segundo fato, no dia 24 à tarde. Se não bastasse o roubo do carro, a casa do meu irmão Helder é também assaltada, tendo o ladrão levado um celular, uma bicicleta, um DVD, dois tênis, uma sandália, refrigerantes e carnes que fariam a festa do natal de 2007.



Após os fatos, vem a pergunta: Por que isso? Uma pergunta que não se cala e que a cada dia fica no ar, sem resposta.



Essas coisas acontecem com muita gente e às vezes até pior. Quando aprendemos, ainda menino, que o natal é tempo de amar, ficamos confusos com essas atitudes de pessoas que estão no mundo só para praticar o mal, de uma forma prepotente. Tem o prazer e a necessidade de roubar dos outros, que trabalham arduamente para conseguir com sacrifício uma vida digna. Aí vem outra pergunta: Até quando vamos viver nessa violência, nesse mundo sem liberdade e de desigualdade social? 



Hoje não podemos sair para algum lugar e deixar o carro ou muito menos uma moto estacionada na rua. É como se fosse uma obrigação utilizar equipamentos como alarme, correntes, cadeados e travas. Não temos mais liberdade de andar sozinho pelas ruas, pois o medo se alastra a cada dia entre as pessoas. As casas não podem ficar sozinhas, assim como os veículos. É preciso colocar alarmes e cercas elétricas. Hoje em dia vivemos numa prisão, sendo que os ladrões é que deveriam ficar presos.



O mundo cada vez mais fica perigoso e violento. Não vemos mais as crianças brincando nas ruas como antigamente. Ficam presas às suas casas, no mundo moderno, dos computadores, play-stations, dos condomínios. O futebol na rua não existe mais, devido à violência assustadora. O futebol de hoje é praticado em clubes, times ou escolas. É o medo dos pais de deixarem seus preciosos filhos brincando nas ruas.



Cada dia fala-se mais que a segurança pública está melhorando, que verbas estão aumentando e que novos policiais estão sendo formados, mas todos os dias ouvimos falar em mortes, assaltos, roubos e seqüestros. Fica mais uma pergunta: Cadê a verdadeira segurança pública?



A esperança e fé permanecem nos corações de várias pessoas. Muitos ainda seguem o tradicional ensinamento de Jesus: Não tenhais medo, tenhas fé e nunca vou te abandonar. Muitos seguem as leis divinas, mas as leis da terra deixam muito a desejar e não são cumpridas a rigor. São leis confusas, que muitas vezes defendem mais o criminoso do que a própria vítima. Vem mais uma pergunta: Cadê os nossos governantes, que prometem e nada fazem para o bem da população?



Infelizmente, temos que enfrentar esse mundo da incompetência de uns, da intolerância de outros, da fragilidade de muitos, do medo de alguns, da maldade de tantos, mas ainda temos a esperança e a fé de todos e isso nos remete a continuar vivendo com garra e determinação e como disse Jesus: Há uma luz no fim das trevas!



* Jornalista

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