Fórmula 1: tomara que não

Jornal O Norte
Publicado em 16/09/2009 às 10:45.Atualizado em 15/11/2021 às 07:10.

Geraldo Sá


Cronista esportivo



No dia 21 de setembro próximo, haverá a primeira audiência da FIA – Federação Internacional de Automobilismo, que fará a primeira investigação sobre o caso de possível fraude do desempenho da equipe Renault. Segundo Nelsinho, o plano de Symonds e Briatore consistiu em fazer Alonso parar nos boxes para reabastecer na 12ª volta, quatro voltas antes do previsto. Na 14ª volta, Nelsinho bateu o carro contra a parede, fazendo com que o “safety car” fosse mandado para a pista.



Neste período, os pilotos não podem realizar ultrapassagens e aproveitam para reabastecer nos boxes. Todos os carros que estavam na frente de Alonso pararam, deixando o espanhol na liderança.



Os estilhaços deste quebra-quebra, vai acabar sobrando pra todo o mundo. Sofre o esporte, que convive com fraudes o tempo todo; inclusive com “dopings” dos mais variados e de diferentes generos.



Sofre os desportistas, que não sabem mais em que acreditar. Sofrem os envolvidos diretamente, que se deixam arranhar em suas conquistas e glórias – falo da ética e da moral.



1ª evidência – A iniciativa do próprio Nelsinho Piquet, procurando o conselho da FIA e relatando fatos e evidencias comprobatórias de promoção deliberada de acidente no grande premio de Cingapura em 2008.



Segundo o mesmo; “...fui instado a isso”. Segundo a reportagem, Nelson teria falado diretamente com Max Mosley, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). No dia 30 de julho, Nelsinho teria ido à sede da FIA, em Paris e encontrado Alan Donelly, chefe dos comissários de prova, e os investigadores externos da agência Quest, onde teria contado toda a história.



2ª evidência – A vitória do seu companheiro de equipe, o piloto espanhol Fernando Alonso, que visivelmente foi beneficiado com a entrada do safety car.



3ª evidência - A telemetria. Ou seja, segundo este mecanismo de leitura do desempenho dos carros, quando era para desacelerar, ocorreu o contrário. O site inglês “RaceFax”, especializado neste tipo de notícia, divulgou a telemetria do carro de Nelsinho Piquet no momento da batida no GP de Cingapura do ano passado. O gráfico comprova que o acidente realmente foi proposital. O objetivo era provocar a entrada do safety car.



4ª evidência – A declaração do Piquet (pai) dizendo que o Alonso “sabia de tudo”. Senão vejamos: “- Fernando sabia de tudo. Se você é o décimo quinto no grid de um circuito de rua, não tem sentido sair com pouca gasolina. No máximo, você pode ultrapassar três carros. Depois, para e fica em último. É uma estratégia sem sentido. Alonso não podia ignorar isso - lembrou o tricampeão mundial, afirmando que houve instrução por parte dos comissários”.



5ª evidência – O Nelsinho, mesmo colaborando com as investigações, sabe que a sua carreira está sepultada. Alonso fez o mesmo, no episódio de espionagens praticado contra a Ferrari, pela mesma Renault em 2007/08. Continua competindo, mas não é o mesmo piloto.



6ª evidência - O jornal britânico, The Times revelou em sua edição desta terça-feira trechos da conversa de rádio da equipe Renault durante o acidente do piloto brasileiro Nelson Piquet Júnior no Grande Prêmio de Cingapura de 2008. “Os trechos da fita publicados pelo jornal The Times, revelam que no começo da corrida, Symonds (diretor da equipe Rernault) ordena uma mudança de estratégia para Alonso, antecipando sua parada nos boxes e surpreendendo os engenheiros.



Segundo o jornal britânico, a fita mostra que Briatore não se preocupou com o estado de saúde do brasileiro e ainda o xingou, dizendo que foi uma “desgraça” e que “ele não é um piloto”. Mais adiante, Briatore pergunta se Nelsinho está bem.



Gostaria muito que tais evidências são se confirmasse....mas não tenho tanta certeza assim.

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