“Zimininos”, na semana passada, a comoção foi imensa com a narrativa em torno da história da Danielle Nobile, que, recentemente, entrou para o time dos “malacabados” e tem encarado essa fase da vida com uma energia incrível. (Quem não leu, basta clicar no Bozo)
Mas eu sempre me preocupo com o fato de que, de alguma maneira, estar “enfeitando” a dureza que é a vida de alguém que tem uma deficiência neste país.
O fato de muitos “estropiados” enfrentarem seus desafios diários não quer dizer que essa realidade seja bacana, seja melzinho na chupeta, muito pelo contrário.
Ser tetrão, por exemplo (tetrão é aquele povo que dá um trabaaaalho danado, pois tem movimentos restritos em membros inferiores e posteriores), é conviver com dificuldades agudas, é ter de encarar um caminhão de abacaxi e descascar todas elas em um só dia.
Essa condição física exige cuidados diários, muita concentração para tocar adiante, severas restrições para um bocado de coisas. Em suma, é broca.
Evidentemente que o “galerê” dribla tudo isso e faz gol de placa. Os exemplos estão por aí aos montes. De toda forma, convidei minha amiga Carlena Weber, um gaúcha de parar o trânsito por uma semana , para dividir com o blog um relato que mostra um bocadinho das sensações de se encarar um tetraplégico.
O texto é arrebatador e remete a quem lê a uma viagem sobre os privilégios de ser “inteirinho”, de nem ter de pensar sobre demandas e desafios desse grupo de pessoas.
É “di certeza” que vai ser importante, de alguma maneira, para a existência de cada um de vocês…
Por Jairo Marques
