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Sábado,7 de Junho

Espírito positivo - Publicação de 21 de outubro de 2008 - por Eubúlides Petacho

Jornal O Norte
Publicado em 21/10/2008 às 09:05.Atualizado em 15/11/2021 às 07:47.

A omissão é um pecado que se faz não fazendo



Passados quase 4 séculos, padre Antônio Vieira ainda evidencia extraordinária atualidade. No ano de 1650, no Sermão da primeira dominga do advento, Vieira exorta sobre os pecados da omissão e do voto, momento dramático que define entre bons e maus e as conseqüências na vida das pessoas, da cidade e ao arbítrio de Deus. Do passo mal dado procede os desmazelos, os desmandos, a corrupção, a improbidade que o eleitor carregará para sempre como pecado da responsabilidade omissa e fraudulenta. E já que estamos na antevéspera de uma eleição, convém também lembrar Tiago 4.17: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado.



O voto pelo descaminho, pelo mal é, portanto, um duplo pecado. Pecado contra os céus e pecado contra os homens. Aos céus porque, mesmo conhecendo o bem, escolhe o mal. Contra os homens, pois resulta em grandes desastres nas vidas das pessoas e das cidades e que dificilmente serão reparados.  O pecado da omissão é conseqüência da falta de comprometimento para com o bem. Como no alerta do Papa João Paulo II: democracia não se sustenta sem a verdade. Verdade e liberdade, ou vão juntas ou perecem miseravelmente.



E a verdade está sempre do lado do bem. E conhecer o lado do bem, e não segui-lo, é o pecado da omissão e esse é o pecado que com mais facilidade se comete, e com mais dificuldade se conhece; e o que facilmente se comete e dificultosamente se conhece, raramente se emenda. A omissão é um pecado que se faz não fazendo.





BATE REBATE DO DEBATE



· Insistentemente, repetidamente e intensamente, o candidato Tadeu Leite, talvez pela falta de argumentos mais consistentes, lembrou, durante o debate na TV Geraes, que o prefeito Athos Avelino foi seu vice-prefeito em dos seus dois mandatos. A contumácia soava assim como uma mistura de saudosismo, orgulho, inveja, ciúmes e contrariedade, pelo reconhecido sucesso pessoal e administrativo do atual prefeito.





BATE REBATE DO DEBATE I



· E quem sabe talvez, pelo fato de ambos os governos, o dele, no passado, e o atual de Athos serem reconhecidos por razões e atos totalmente antagônicos – o governo de Athos Avelino é reconhecido pela retidão, probidade e eficácia, sem um processo sequer e com as contas todas elas devidamente aprovadas – o candidato do PMDB não se cansou de ser repetitivo. O debate transformou-se assim numa espécie de embate entre o bem e o mal, com o mal lembrando sempre que o bem já esteve ao seu lado. Como um trigo entre o joio. Quem sabe, até, como uma provação.





RESISTIR AO MAL



·  Jesus dizia que o joio deveria crescer junto com o trigo. Contudo, no momento aprazado separaria um do outro. O trigo representa o bem; o joio, o mal. Os dois devem crescer juntos, ou seja, não há dualismo entre um e outro, pois o mal é sempre visualizado como a ausência do bem. Ele só surge quando o bem não se fez presente. É como o ladrão que rouba. Ele só rouba porque não houve antes uma prevenção.





RESISTIR AO MAL I



·  Resistir ao mal significa suportar pacientemente a sua presença, mas sem perder de vista o bem. Haverá tentações, desânimo, mal-entendidos e incompreensões alheias. Nada disso deve tirar o ensejo de permanecer firme na jornada evolutiva, pois a seu tempo ceifaremos se não houvermos desfalecidos.





AO POVO, OS ENCARGOS



· E os mais atentos às nuances do debate entenderam desta forma. O bem começou ao lado do mal. Mas resistiu. Passou pela sua provação e conseguiu vencer o mal. E um novo embate aproxima-se na eterna batalha entre o bem e o mal. Como disse padre Antônio Vieira: miseráveis são os povos onde se mandam os corruptos feitos por eleições; mas aqueles que neles votaram são os mais miseráveis de todos: eles levam proveito, o povo fica com os encargos.





THIAGO, COMO O GIRASSOL



·  Assim como o girassol que escolhe sempre o caminho da luz, o candidato a prefeito Thiago Nascimento pela coligação PSOL/PSTU também escolheu e definiu um lado para se posicionar no segundo turno das eleições para prefeito em Montes Claros. Thiago focalizou aquele que acredita ser o lado melhor, mais bonito, mais luminoso: o lado do bem para Montes Claros. Também a sua companheira de chapa, professora Cibele Madureira e seus candidatos a vereador endossaram o apoio a Athos Avelino.





THIAGO, O CALCANHAR



· De acordo com Thiago, o apoio a Athos Avelino se deve a diversos fatores, mas considerou, sobretudo, as ações do prefeito em favor da juventude montes-clarense.  Para muitos analistas a adesão de Thiago é mais uma dor no calcanhar do candidato do PMDB. Aliás, o nome Tiago deriva do latim Iacobus, uma latinização de Jacó, que significa literalmente calcanhar. 





JUVENTUDE ATENDIDA



· - Sou jovem. Tenho 23 anos e o futuro da nação é a juventude. O único candidato que representa de fato a juventude em Montes Claros é Athos Avelino, e é por isso que hipotecamos apoio a sua reeleição. Foi Athos quem criou a Coordenadoria da juventude, a Casa da juventude, O Pró-juventude e o passe estudantil, entre outras ações que pesaram na nossa decisão. Enquanto que o outro candidato representa o atraso, o clientelismo, o retrocesso, o tapinha nas costas. Este tipo de política já acabou, disse Thiago.





O OUTRO CANDIDATO NEM MORA AQUI...



· A professora Cybele Madureira, em entrevista coletiva, lembrou o fato do candidato do PMDB ter ido embora de Montes Claros. Quem ama Montes Claros cuida. Não larga sua cidade como fez o outro candidato. Sou servidora municipal e já passei por 3 administrações e posso testemunhar que nunca o servidor teve livre arbítrio para optar sem perseguição, como está sendo agora, na gestão Athos Avelino. E é por isso que vamos votar em Athos, para não voltar o tempo da perseguição e do abandono, enfatizou.





MÃE DOS DEUSES



·  Aliás, Cybele conquistou muitos fãs durante a campanha eleitoral do primeiro turno. Não apenas pelo seu visual retro, exteriorizando seu conteúdo intelectual e idealístico, estilo anos de 1968/70, mas também pela contundência e firmeza de suas palavras. Agora, mostra-se, mais uma vez, que realmente ama sua terra e está preocupada com o destino de sua cidade. E tem razões profundas para isso, e que vão além de nossa vã filosofia, considerando o princípio: seu nome, seu destino, Cibele é filha da terra e do céu, mulher de Urano, mãe de Saturno, em grego, a grande mãe dos deuses. 



“... Diante de Deus com a consciência limpa.”. Atos – 23.

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