Produção: Larissa Rodrigues
Fotos: Wilson Medeiros
Nos últimos dias a imprensa de todo o Brasil, especialmente as emissoras de TV, têm dado especial ênfase a questão dos grampos telefônicos autorizados pela justiça. A escuta tem sido de fundamental importância nos processos que já culminaram com o afastamento de vereadores, prefeitos, deputados, senadores, servidores públicos e até mesmo a alta cúpula da justiça.
Nos dois exemplos mais recentes, a polícia federal, monitorando os passos dos principais envolvidos através de ligações telefônicas, acabou por revelar dois esquemas que chegaram a desviar mais de dois bilhões de reais dos cofres públicos. A Máfia dos Sanguessugas, que consistia em desviar recursos do Ministério da Saúde através de vendas superfaturadas de ambulâncias, acabou, inclusive, por afastar o prefeito de Januária, João Lima.
Os resultados da Operação Navalha não foram diferentes. Através de telefonemas, as autoridades revelaram como os integrantes do esquema subornavam políticos e servidores públicos para fraudar obras e licitações do governo federal, estadual e municipal.
Mas como nem todo grampo é autorizado e volta e meia há suspeita de escuta telefônica, como ocorreu na legislatura passada na câmara municipal de Montes Claros, O Norte foi às ruas saber se a população tem medo de falar ao telefone. Mais da metade, ou seja, 54% não acreditam em grampos, enquanto 38% tem algum tipo de receio, contra 8% que têm dúvidas em relação ao assunto.
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NÃO DEVO
Não, porque acho que só tem medo quem deve alguma coisa. Acredito que o telefone grampeado possa ser bom para nossa segurança, se for usado por finalidade judicial.
Pedro Lourenço Júnior, vendedor, Bairro de Lourdes
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OPERADORA
Não. Sinto-me seguro usando o telefone, porque a minha operadora me passa uma certa segurança.
Sebastião Silva Soares, estudante, Bairro jardim Palmeiras
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PERIGOSO
Sim. Ninguém sente muito seguro usando o telefone. Está perigoso usar o telefone. Falar coisas pessoais não é mais seguro através do telefone.
José Nilton Rezende, relojoeiro, Bairro Roxo Verde
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PESSOAL
Não. Penso que quem não deve não teme. Por isso, não vejo nenhum problema em conversar ao telefone. Mas acredito que telefone é uma coisa pessoal.
Luiz Leonardo, garçom, Bairro Edgar Pereira
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ÀS VEZES
Sim. Hoje em dia não dá mais para confiar em conversas por telefone. Às vezes utilizo para assuntos pessoais.
Patrícia Freitas Barbosa, estudante, Bairro Planalto
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NUNCA ACONTECEU
Não, porque nunca aconteceu nada comigo. Acredito que ainda seja um meio seguro para passar uma informação.
Maria das Mercedes Pereira, pensionista, Bairro Roxo Verde
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INSEGURA
Sim. Acho que o telefone não é uma meio de comunicação seguro para passar qualquer tipo de informação.
Cristiane Barbosa, estudante, Bairro Santos Reis
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DESAGRADÁVEL
Sim. Porque muitas vezes conversamos assuntos de interesse pessoal, e não acho agradável que outras pessoas fiquem sabendo, ou até mesmo intrometendo.
Mariane Francisca Barbosa, estudante, Vila Antônio Narciso
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CONFIÁVEL
Não, porque nunca aconteceu nada de errado comigo ao telefone. Apesar das denuncias, ainda considero seguro o telefone.
Érica Cristina Silva, cabeleireira, Bairro Planalto
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ACESSÍVEL
Não. É um meio de comunicação mais acessível e que esta ao alcance de todos. Não é um meio muito seguro, mas é o que a maioria utiliza.
José Adão Souza, mecânico, Bairro Eldorado
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INFELIZMENTE
Sim, porque você pode estar conversando sobre um assunto particular e outra pessoa pode esta gravando a conversa. Infelizmente não é confiável.
Terezinha de Jesus Soares, cabeleireira, Bairro Renascença
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DÚVIDA
Não. Mas tenho dúvida em relação à segurança na ligação. Mesmo assim, utilizo o telefone normalmente.
Jéssica Almeida Matos, estudante, Bairro Alcides Rabelo
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