Geraldo Sá
Teólogo, contabilista e cronista esportivo da Expressão FM
Recuperei trechos de entrevista do treinador Adilson professor Batista, como é conhecido, acerca de questionamentos depois do fiasco no Morumbi – ante ao São Paulo Futebol Clube no último final de semana. “O torcedor é influenciado, é uma caixa de ressonância daquilo que é passado, porque ele vai no jogo, escuta rádio, presta atenção a um comentário. Aí ele toma uma, duas ou três cervejas, bebe uma pinguinha e, às vezes, o reflexo não é aquele reflexo que era para ser, disse.
O torcedor não é tolo. Já foi o tempo em que se dependia apenas das informações (via ondas radiofônicas), para se ter informação ou noção do que se passa em determinadas praças do desporto.
Sei que o álcool pode causar alguma perda de reflexo, porém tributar os insucessos da equipe celeste de Belo Horizonte no campeonato brasileiro, principalmente em jogos-chave como: Palmeiras x Cruzeiro (Mineirão), Botafogo x Cruzeiro (Engenhão) e São Paulo x Cruzeiro (Morumbi), é muita covardia para com esta classe antiga do mundo social.
Conheço alguns bebuns que mesmo sob a influência dos etílicos contribuem em muito para o entendimento do futebol – aliás, paixão nacional. Escalam suas equipes com lógica, coerência tática e até o banco de suplência é listado com sabedoria e aplicabilidade. Sei até daqueles que separam um tempo para ir às partidas de futebol ou mesmo assistem pela TV, correndo o risco de ver o péssimo espetáculo – há treinadores e aprendizes que provocam tais situações e vexames.
Não bebo; mas não tenho raiva de quem bebe. Gostaria que alguns se controlassem, para se evitar: acidentes, confusões ou equívocos. Pediria a alguns que não transferissem para o álcool valores, defeitos ou responsabilidades. Atenção Bebuns de toda hora: - A culpa não é de vocês! Não aceitem isso! Protestem!