* Artur Leite
Um aviso para todos os candidatos a cargos eletivos : percebo claramente, em todas as rodas e segmentos com os quais convivo, que os eleitores estão muito mais seletivos e pensativos com relação às eleições de outubro. Aqui mesmo em Montes Claros, o clima é de total reflexão eleitoral, principalmente por parte dos formadores de opinião, que ainda se sentem viúvas com relação às últimas eleições, quando deixamos de votar certo e acabamos sem representatividade em Brasília, pois Humberto Souto, Jairo Ataide e Melo não se elegeram. O que sobrou? Praticamente Saraiva Felipe que tem título de eleitor aqui na cidade.
Com mais de 250 mil eleitores não é possível que vamos mais uma vez perder a briga para os paraquedistas que já estão chegando. Na semana que passou uma luz apareceu no fundo do túnel no lançamento da professora e médica Raquel Muniz, que reuniu centenas de lideranças do Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e Mucuri, que demonstraram vontade de reforçar a bancada em Brasília. Também a médica Ariadna Muniz lançou a sua campanha, mas não estive presente e não posso comentar.
Com relação a Humberto e Jairo, além de Melo, eles estão usando estratégias já conhecidas de anos, ou seja, confiam em suas lideranças conservadoras e vão precisar afinar o discurso para capitalizar votos em meio ao jovem eleitor, em torno de 35%, que está completamente perdido. O necessário mesmo seria reunir a classe empresarial, pequenos, médios empreendedores e convencê-los de que o momento é de eleger, renovar e termos dignos representantes eleitos pelo voto direto.
É preciso registrar aqui que os partidos políticos precisam se apresentar para desempenharem um papel importante neste processo de renovação e eleição. Valorizar os postulantes a cargos eletivos da região que correspondem às nossas expectativas é um sinal de respeito à nossa gente. Por isso, devem dirigir mensagens aos seus associados de que temos que escolher homens e mulheres com vocação para o bem de todos. Montes Claros, polo regional, não pode ficar apenas na expectativa de que um “milagre vai acontecer “ a qualquer momento, o que não tem a menor possibilidade, pois falta planejamento e representação política.
