Encerradas as eleições de Montes Claros em seu segundo turno, percebe-se que houve mais ganhos do que perdas nos resultados divulgados pela justiça eleitoral pouco antes das 20 horas de domingo. Ganharam os partidos políticos, ganhou Luiz Tadeu Leite, que retorna ao comando do município, de forma incontestável, pela terceira vez; ganhou o prefeito Athos Avelino, cuja votação surpreendeu os mais céticos; ganhou o terceiro candidato mais votado, Ruy Muniz, que demonstrou prestígio, competência e liderança ao transferir a maioria de seus votos para o candidato do PPS; ganhou o suplente de deputado federal Jairo Ataíde, alçado à titularidade do cargo graças à vitória do peessedebista Custódio Matos em Juiz de Fora; ganhou, antes e sobretudo, a Democracia.
Cessada a fumaça do fogaréu levantado pela campanha do primeiro turno, esperava-se resultado óbvio no segundo, com Tadeu se consagrando com vitória esmagadora, principalmente após a debandada para sua campanha de grande parte dos aliados de Ruy. O apoio deste ao segundo colocado se mostraria altamente eficiente, equilibrando uma disputa proclamada por institutos de pesquisa de renome nacional – estes, sim, os únicos perdedores – como favas contadas, na proporção de 3 votos a 1 a favor do deputado estadual e ex-prefeito do PMDB.
Abertas as urnas, desmentida a decantada larga margem de vantagem pró Tadeu, uma diferença em torno de 5% e de menos de 10 mil votos espelha o sentimento do eleitorado montes-clarense, qual seja o de se recusar a assinar um cheque em branco para o futuro mandatário do município. Antes disso, fica a lição das urnas de que seu governo estará permanentemente sob a vigilância de pelo menos metade da população que também quer ir para a frente, também quer avançar, também quer a modernidade.
Vence, portanto, a moderação.
Vence, acima de tudo, a Democracia.
Parabéns, Tadeu!
Parabéns, eleitores!
Parabéns, Montes Claros!