Editorial: Dois pesos e duas medidas

Jornal O Norte
Publicado em 15/09/2008 às 09:35.Atualizado em 15/11/2021 às 07:43.

O que mais se pode esperar da justiça senão a imparcialidade? A própria palavra – justiça - supõe uma conduta sem preferências ou preconceitos quando bem empregada. Justa.



Infelizmente, não é o que se percebe no processo eleitoral de Montes Claros.



Desde o começo da campanha, nenhum dos pleitos interpostos pela Coligação O futuro agora foi acatado pela justiça eleitoral, ao contrário do que vem acontecendo com referência às demais coligações e, em particular, com a dos detentores do poder público municipal.



Esse procedimento se acentua na medida em que se aproxima a data das eleições e que a campanha de oposição cresce e assusta a elite até então dominante. Para se alcançar o objetivo maior de governar a cidade que ama e onde realiza seus sonhos, o cidadão não quer nem precisa de qualquer benefício da justiça. Apenas um tratamento igualitário. Justo.



A má vontade de algumas pessoas em relação a esse objetivo, que tem origem não se sabe onde, chegou ao cúmulo nesta sexta-feira, quando o programa eleitoral da Coligação O futuro agora foi retirado do ar sem que tenha havido qualquer justificativa plausível. Ou simplesmente porque, no entender de um magistrado, não teria o direito de mostrar os inúmeros projetos sociais idealizados e realizados pela Soebras – Associação educativa do Brasil, entidade que, ainda segundo o digníssimo juiz, “é custeada ou subvencionada pelo poder público.”



Uma meia verdade!



O que dirá então o magistrado sobre o prefeito que se encontra no poder, que divulga como sendo suas obras realizadas inteiramente com recursos públicos, e chega ao cúmulo de assumir cinicamente a paternidade de obras realizadas pelos governos federal e estadual sem, em ponto algum, ser incomodado pela justiça? Se a aberração que culminou com a retirada abrupta do programa da Coligação O futuro agora tivesse algum fundamento, deveria tê-lo para todos! Ou não é assim que deve agir a justiça?



Pesos e medidas não devem ser iguais? Mas, mesmo que não sejam, não se deve abater diante de perseguições. Principalmente por parte de quem teve de alcançar todos os seus objetivos à custa de muita luta, muito trabalho. E agora, que falta muito pouco para o fim de mais uma caminhada, não se deve render às manobras de maus adversários. 



Porque o mais interessante do processo democrático é que, por mais que tentem manipulá-lo em benefício dos poderosos, o resultado obedece a uma única vontade: a vontade do povo!

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