Debatendo comigo mesmo: referendo do desarmamento

Jornal O Norte
07/10/2005 às 10:07.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:52




Luís Alberto Caldeira

 

- Tá, tá, tá... eu já sei. Dia 23 de outubro é dia de referendar, ou seja, de aprovar, de confirmar, assinar embaixo. Até porque referendo é diferente de plebiscito, como muita gente vem dizendo por aí.

 

- Pra mim, era a mesma coisa...

 

- Não, presta atenção! Plebiscito é quando te convocam para decidir uma questão antes da criação da norma tal, que pode ser um ato legislativo ou administrativo, mas é o povo que manda, por meio do voto. No referendo, você só é convocado após a edição da norma, devendo o povo ratificá-la ou não.

 

- Falou, professor Pasquale.

 

- Mas então... O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?

 

- Primeiramente, isso já era pra tá decidido. Tá certo, tá certo... é uma questão que vai mexer com a vida de toda a população... mas será que eles lá de cima não decidem tantas outras questões importantes que nos afetam? E quando eles aumentam seus próprios salários, empregam seus parentes sem concurso público... será que estas questões não interferem nas nossas vidas?

 

- É, mas...

 

- Lógico que eu sou a favor da proibição das armas. Não tem nem o que se discutir! Uma arma serve pra matar! Você quer matar alguém? Eu sou a favor da vida em primeiro lugar.

 

- Se você é a favor da vida, você não defenderia a SUA vida ou a da SUA família se ela estivesse em perigo?

 

- Quem é que vai ter o psicológico de atirar num bandido muito mais armado e treinado que você?

 

- Eu atiraria. Em legítima defesa. A minha família em primeiro lugar.

 












 

- Você tem revólver?

 

- Não.

 

- Pretende comprar um se o desarmamento não for aprovado?

 

- Não... acho que não. Até porque as leis brasileiras já estão dificultando ao máximo o acesso às armas de fogo.

 

- Mas quando você consegue comprar, ter o porte legal, e guarda a arma na gaveta do seu guarda-roupa, seu filho pode encontrá-la... neste caso, o acesso a outras pessoas já fica fácil. E os acidentes domésticos? E as brigas passionais? Briga de vizinho, briga de marido e mulher... Com uma arma na mão e muita bebida na cabeça, as conseqüências podem ser graves...

 

- Não adianta proibir/image/image.jpg?f=3x2&w=300&q=0.3"right">luis@onorte.net





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