Curta política: Publicação de 6 de novembro de 2008 - por Marcelo Valmor

Jornal O Norte
Publicado em 06/11/2008 às 09:25.Atualizado em 15/11/2021 às 07:49.

REFLEXÃO



· “...Nada é como se dá. Temos que alterar os fatos tais como se deram para podermos perceber o que realmente se deu. É costume dizer que contra fatos não há argumentos. Ora, só contra fatos é que há argumentos. Os argumentos  são quase sempre mais verdadeiros do que os fatos. A lógica é o nosso critério de verdade, e é nos argumentos e não nos fatos que pode haver lógica”.





O PÚBLICO E O PRIVADO



· Na Antiguidade os gregos costumavam separar o mundo em dois. O mundo da necessidade e o mundo da liberdade. O primeiro diz respeito ao processo de reprodução, do comer, do beber e do dormir. O segundo diz respeito ao mundo da humanidade, da política, da arte, da literatura, etc. Espaço privado e espaço público, portanto. O próximo prefeito a ser eleito deverá se pautar pelos princípios que respeitem essa divisão, não transformando o paço municipal numa extensão da sua casa e dos seus próprios interesses. Afinal, a oposição a qualquer que seja ele juntará forças antes nunca reclamadas em Montes Claros.





O BAIRRO MORRINHOS



· Política tem haver com arquitetura? Quem poderia nos responder seria o próprio leitor. Afinal, o seu bairro tem ligação estabelecida com o resto da cidade via ônibus urbanos, ruas bem cuidadas, passeios adequados a velhos e crianças? E o viaduto do morrinhos, serve a quem? A intervenção na arquitetura urbana pode decidir o seu trajeto e sua vida. Pense nisso.





CRUZEIRO X ATLÉTICO



· Atlético e cruzeiro tem um ponto em comum: são rivais. Mas ao mesmo tempo comungam de uma outra certeza. Atleticanos e cruzeirenses, independente das suas disputas, disputam entre si uma maior guerra: Montes Claros serviria para quem caso um desses candidatos fosse eleito agora no segundo turno? Com a palavra a bola.





POLÍTICA DE GÊNERO



· Cristina Pereira é a única mulher presente nas chapas majoritárias que disputam a prefeitura de Montes Claros. Soma politicamente? Pouco provável. Mas serve ao discurso do candidato a prefeito na medida que aponta para dois lugares: o eleitorado feminino na cidade é considerável; segundo, o seu posicionamento nas propagandas atrás de Tadeu indica não só para a população quem vai mandar, mas, principalmente, “cumprirá” a máxima de que atrás de todo grande homem tem sempre uma grande mulher, numa alusão clara a história corrente (nascida a partir de núcleos oposicionistas) que Da. Vera Pereira teria não só a cadeira do prefeito como a própria chave do cofre.





FORMADORES DE OPINIÃO



· Colunismo social para alguns não passaria apenas de fofocas entre ricos. Para outros  serviria para destacar o glamour e o bom gosto de uma minoria. Não importa quantas opiniões a profissão desperta. Talvez o que mais importe seja o fato de que os colunistas são formadores de opinião, e que antes de preestabelecer uma opinião e um julgamento, seria de bom termo que lêssemos as nossas colunas e déssemos o devido valor a homens e mulheres que procuram pensar a cidade a partir de uma lente bem específica: os relacionamentos sócio/políticos.





COM A PALAVRA O CIDADÃO



· Esposa e filha do boa praça Orlando (Bar do Orlando) foram novamente assaltadas bem diante da Polícia de Ronda. Afinal, assaltos seriam privilégios de quem age em condições de sobrevivência ou seriam um desvio de personalidade?  A palavra final seria da polícia ou da política? Quem decidirá é o Orlando.





MOVIMENTO CATRUMANO



· Quem somos nós? “Mineiro não dá ponto sem nó. Mineiro não amarra cachorro com linguiça. Mineiro compra bonde, compra, mas vende pra paulista. Um é bom, dois é pouco, três é conspiração. Mineiro não dorme na cama pra não cair no chão. Quando um mineiro vê alguém andar a sua frente logo exclama! Devagar que to com pressa”.



Com a palavra o “movimento Catrumano”.





NOVA ELITE POLÍTICA



· Em 1982, Tadeu foi eleito muito mais pelo desgaste da elite política do que necessariamente pelos seus méritos. Aposentou, portanto, Toninho Rebello, Crisantino Borém, entre outros. O ciclo se repete. Athos, ganhando as eleições poderia reproduzir o processo. Mas com o pleito indefinido, vai caber, inevitavelmente a Ruy Muniz esse papel que é fundar uma nova elite política local e destinar ao populismo um lugar definitivo na história: os livros.





PESQUISAS ELEITORAIS



· As últimas pesquisas irão demonstrar um crescimento significativo da candidatura Athos Avelino, colocando a disputa dentro de um empate técnico: 42% pró Athos e 41% pró Tadeu. O último debate e essa semana serão decisivos para aferir de fato o crescimento da candidatura situacionista. A prevalecer a tendência Athos, o grande vencedor será sem dúvida o deputado Ruy Muniz, detentor que foi de mais de 35.000 votos e que seguramente transfere para o atual prefeito todo esse contingente.





CALÚNIAS



· Temos, todos nós, críticos e inimigos, amigos e companheiros. Aos inimigos temos um espelho, aos amigos solidariedade e apoio. Mas aos caluniadores só sobram a inveja e a amargura. A inveja expressa bem isso. O invejoso não deseja estar tão bem como você, mas que você esteja tão mal quanto ele. Daí a fofoca, a intriga e a calúnia. Mim socorro sempre em Cristo quando me deparo com um desses, relembrando a seguinte história: “Um homem procurou Jesus reclamando que falavam mal dele, que o caluniavam e perguntou ao Senhor: o que devo fazer? Ao que Cristo respondeu: não se preocupe, pois antes de falarem mal de você, primeiro falaram mal de Mim.”



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