Curta política: Publicação de 14 de novembro de 2008 - por Marcelo Valmor

Jornal O Norte
Publicado em 14/11/2008 às 11:05.Atualizado em 15/11/2021 às 07:50.

MESTRE ZANZA



· Ao visitar a Associação dos Catopês de Montes Claros, mantive contato direto com aquele que mais simboliza as Festas de Agosto: João Pimenta Santos, ou simplesmente, Mestre Zanza. Dono de uma simpatia extrema, Zanza não foi poupado da onda de violência que assola a cidade. Sua casa foi invadida por três marginais, colocando o Mestre em confronto com a parte mais triste de Montes Claros. Saiu ileso, ou seja, a alegria da festa foi preservada.





GESTÃO DIVIDIDA



· A não reeleição de Athos Avelino não aponta para a vitória de Tadeu como os fatos demonstram. A cidade dividida, o rigor do Ministério Público, a necessidade de concurso público colocam o futuro da gestão Tadeu em xeque. Afinal, o populismo só encontra lastro quando o líder consegue personalizar o poder.





DONA VERA E AS MARGARIDAS



· Ao deixar para o último ano de mandato a inauguração de várias obras, a gestão Athos colocou em risco o futuro da cidade, abrindo brechas para o renascimento de algumas figuras políticas que nós todos gostaríamos de ter esquecido. A rigor, a única obra que fugiu ao último ano foram as flores plantadas nos jardins da prefeitura.





O NÚCLEO DURO DO GOVERNO



· O cidadão comum sabe quem são Márcia Saraiva, Antônio Dimas Cardoso, Gilmar Ribeiro? Se não sabe, aqui vai a informação: secretária da Governança Solidária, secretário de Planejamento e secretário de Administração respectivamente. Time que não mostra a cara perde o jogo por WO.





ORÇAMENTO PARTICIPATIVO



· O orçamento participativo, método de gestão aplicado em várias prefeituras petistas com sucesso, não encontrou eco em terras montes-clarenses, a não ser nos últimos anos. Erro grave do governo Athos, pois o orçamento participativo, ao inverter prioridades e aproximar a comunidade dos centros de poder, permite que a falta de recursos não engesse a administração pública. Ao contrário do populismo que requer recursos de monta para administrar, o OP caminha em sentido inverso.





BACANA



· O gosto apurado, o charme e a elegância de Adriana Queiroz a colocam definitivamente no rol dos grandes colunistas sociais de Montes Claros. Mas o que mais chamou a atenção foi o tratamento sutil dado à questão política quando ela recupera, através da bossa nova, toda uma época de ouro e desenvolvimento representados pelo governo de Juscelino Kubitschek. Ao recuperar o imaginário de uma época, a tentamos mostrar para o tempo presente que esse retorno renovado é possível. Bacana, muito bacana.





OPOSIÇÃO



· Assim como na atual administração, todos os caminhos da oposição ao futuro prefeito passam por Ruy Muniz. Sem querer passar o carro na frente dos bois, a esquerda travestida de PPS e a esquerda sincera do PT, derrotadas nas últimas eleições, não têm, em seus quadros lideranças com forte apelo popular. Por outro lado, o eleitor não esquecerá daqueles que pularam do barco e da orientação de Ruy e foram buscar “conforto e abrigo” nos braços de Tadeu.





REFLEXÃO



- Uma grande coração sabe esperar. A muleta do tempo costuma ser mais útil do que a afiada espada de Hércules. Deus mesmo castiga com as estações, com o tempo. Uma velha frase resume isso: eu e o tempo contra os outros dois. - B. Gracián



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