Começa logo, Copa do Mundo!

Jornal O Norte
Publicado em 27/02/2013 às 10:16.Atualizado em 15/11/2021 às 16:59.

Estou impressionado com a má vontade, a intolerância e a falta de respeito com que estão tratando o cliente no Brasil. Vejamos um serviço que era sinônimo de bom atendimento: as companhias aéreas. No domingo, 17, depois de uma noite inesquecível assistindo aos desfiles das campeãs, no Rio, fui ao aeroporto do Galeão e pedi à moça da Gol que antecipasse minha volta a BH. Ela avisou que havia uma taxa de R$ 199 e que seria um voo com escala em São Paulo.



Tudo bem. O avião vinha do Amapá, passaria por Belém e teria como destino final Porto Alegre. Viagem continental. Chegou atrasado ao Rio e, assim, chegamos atrasados em São Paulo, onde outra mocinha da Gol gritava: “Os de Belo Horizonte, por aqui!” Cinco separados, foi curta e grossa: “Perderam o voo; aqui está o voucher, peguem um táxi e sigam para Congonhas onde serão acomodados em outra partida, às 15h”.



Depois de brigar pelas malas, cumprimos as ordens. No novo aeroporto, foi difícil provar que estávamos no voo. Dentro do avião, as mais explícitas manifestações de desapreço e falta de respeito, a começar por brincadeiras entre um comissário que estava em serviço e outro que pegava carona acerca de futebol. Um jovem passageiro aproximou-se do comissário e disse que havia alguém em seu assento. Ele continuou mexendo em gavetas e respondeu: “Me desculpe, mas você vai ter que procurar um lugar vago e se assentar”.



Começou a viagem. Outro rapazinho com crachá (que também pegava carona) e o comissário de folga tomavam café e se divertiam enquanto o serviço de bordo passava sem me enxergar na primeira fila. Fui a eles e pedi um cafezinho, ao que responderam: “Esse que estamos tomando é do comandante... O senhor tem de tomar o da tripulação...”. Mas, ponderei, o moço passou por mim. “Vá atrás”, sintetizou um deles. Desisti. Depois, tive de ouvir o comandante agradecer “pela escolha” quando acabava o sofrimento em Confins.



Já que a Agência Nacional de Aviação não dá conta e o governo é sabidamente incompetente para fiscalizar, será que o mineiro Constantino – o dono – não pode viajar disfarçado de brasileiro comum de fez em quando para ver como estão tratando sua galinha dos ovos de ouro? Por qu e será que as companhias aéreas nos tratam como se estivéssemos viajando de graça e sem sermos convidados?



Eduardo Costa- escreve no jornal Hoje em Dia

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