Dário Cotrim

Poesia multicores

Publicado em 03/02/2023 às 22:31.

Este é um texto de Júlia Maria Lima Cotrim sobre o livro do Dr. Wanderlino Arruda. Pela beleza de sua narrativa, tomei a iniciativa de publicá-lo no meu espaço reservado por este jornal para a apresentação do livro “Poesias Multicores”. Vejamos então o que disse a acadêmica Júlia Cotrim: 

“Estou deslumbrada com o livro “Poesias Multicores”, do doutor Wanderlino Arruda. Tudo nele se fala de amor-ternura, como elemento necessário para um completo bem viver. Nos seus poemas, o poeta narra, interpreta e vivencia o amor, com profundidade, em suas declarações amorosas, ou buscando apenas um entendimento para seus leitores. São nesses momentos que entendemos com faz falta a pessoa amada. Não foi somente o desejo de produzir mais um livro, senão o de homenagear a sua eterna namorada, a “morena dos olhos verdes”, que com ela viveu uma feliz união durante os anos que Deus lhes concedeu. Agora, lendo os poemas de “Poesia Multicores”, vejo a presença benquista de sua querida Olímpia, em cada verso escrito, em cada estrofe formalizada, e em cada poema inspirado no amor autêntico, e com a simplicidade de quem ama apaixonadamente. “Como é bom amar a vida do jeito que te vejo amar...”. 
 
É inegável e verdadeira a sua excentricidade pelo amor à sua encantadora morena. Por tudo isso, Wanderlino, com a afeição dedicado à sai eterna companheira, vem merecer de seus amigos e confrades os mais vultuosos aplausos de um: Viva o amor!

Li, reli e li outras vezes os seus pequeninos poemas. E como é gratificante viajar nas asas da criatividade e sonhar com o imaginário de quem ama. O peixinho dourado dos seus versos é “uma linda menina que desliza na água, suave e maravilhosa, muito, muito feliz”, sem rima e sem regras literárias dos tempos de outrora é realmente encantador.

Portanto, eu que já estou acostumada com os seus poemas de outros livros e mesmo com publicações em jornais, confesso, maravilhada, com esses de agora, destinados à aquela que tanto lhe fez feliz, e continua fazendo – acredito – através de maravilhosas lembranças.

Assim, num “doce arranjo de luzes douradas, sempiternas palavras, doces sentires, iluminando ternura com sentido de amor”, você vai versificando, em palavras singelas e de boa semântica, o grande amor de tantos anos de vida, de 1949 a 2021, adoráveis setenta dois anos de convivência bem próxima, que, segundo a própria Olímpia, era uma boa vizinhança de travesseiro.

Certa vez, a acadêmica das letras, Dina Mangabeira, disse num prefácio para o livro “Setembros para Júlia” que, os poemas ali contidos, sem metáforas e mesmo sem dar obediência às regras gramaticais, eram movidos à força de um relacionamento a dois, lembrando-nos o Casimiro de Abreu, o poeta do amor e da saudade. Pois é assim que vejo a sua obra literária “Poesia Multicores”, já que em cada poema o amor é a palavra-chave. 

Pela beleza das cores da capa (elas me fizeram lembrar das cores de seus esmaltes, sempre decoradas, refletindo sua personalidade) pela ternura das palavras versificadas e pela declaração de amor à “morena dos olhos verdes”, certamente que eu lhe digo: você, Wanderlino, encontrou o sentido no efêmero sem perder a alegria e o real sentido da própria vida. Graças a Deus!”

Montes Claros, primavera de 2022

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