A Bahia é um estado rico em sítios arqueológicos. Algum tempo, o jornalista João Martins, da sua revista Integração, produziu vários textos sobre os sítios arqueológicos encontrados na região de Guanambi, Caetité e Palmas de Montes Alto. Era um momento interessante para que as autoridades investissem mais nas pesquisas e, infelizmente, isso não foi feito. O tempo passa sem novidade e agora eu me encontro diante da Pedra do Bandeira, em Paramirim, um monumento megalítico de beleza incontestável, quase abandonado no meio do sertão baiano. É preciso uma divulgação mais consistente sobre a existência deste dólmen baiano, pois creio que é o único em todo território brasileiro.
Quando publicamos o nosso livro “A Arte Rupestre no médio São Francisco”, foi feito um assentamento a respeito desta pedra com o nome “Santana”. Nota-se que Santana se referia ao lugar em que a pedra foi localizada: na Fazenda Santana. Por isso, o nome correto seria “Bandeira”, uma homenagem justa, necessária e oportuna ao ilustre historiador Renato Luís Sapucaia Bandeira. Por outro lado, em registro no Informativo Año Cero (Espanha), foi divulgada a notícia de numa visita à misteriosa Pedra do Bandeira, no ano de 1997, em Paramirim, na Bahia, distante 12 quilômetros da sede do município, na localidade da Fazenda Santana, a equipe de visitantes confundiu o nome da Pedra do Bandeira com o nome da fazenda. De posse dos relatórios consignamos no nosso livro o nome indevido de Pedra Santana ao invés de Pedra do Bandeira. Fica aqui, pois a minha retratação ao dileto amigo e companheiro das letras sobre o meu engano tolerável neste momento.
A Pedra do Bandeira representa um dólmen interessante para Paramirim. Ela foi descoberta oficialmente no dia seis de abril de 1997, pelo pesquisador e escritor Renato Bandeira. O certo é que a Pedra do Bandeira “é um monumento megalítico brasileiro muito raro, também conhecido como Dolmén, situado na comunidade de Santana, zona rural do município de Paramirim, no interior da Bahia. Os megálitos ou megalíticos são formações rochosas misteriosamente arrumadas ou alinhadas pelos nossos antepassados”.
Na língua britânica, falada na zona ocidental da Betranha, explica o significado da palavra “dólmen” – dol que quer dizer “mesa” e men, que por sua vez denota o termo “pedra”, resultando na construção de uma mesa-de-pedra. Os dólmens são em escala crescente na Europa (Velho Mundo) e na Ásia. Entretanto “descubten um posible domen em Sudamérica”, na Bolívia, na Argentina e recentemente no Brasil, ou seja, a Pedra do Bandeira, no município de Paramirim – Bahia.