Dário Cotrim

O jeito especial do colecionismo

Publicado em 01/11/2024 às 19:00.

Há momentos para todos os entretenimentos existentes à disposição das pessoas que necessitam de diversão. Trabalhar é preciso, mas nunca é saudável deixar de lado o lado harmonioso do passatempo. Sorrir e sorrir sempre para a vida, pois dela não se leva nada, senão a doçura dos momentos mais felizes que se vive. O ócio é um veneno, por isso é importante abrir janelas para se ter uma visão a mais da paisagem do costumeiro. Assim, o jeito especial do colecionismo é tão somente o de colecionar sonhos. Bons sonhos, se possível for!

Prezados fantasmagóricos, depois de uma árdua jornada de trabalho do cotidiano vem o esgotamento físico e emocional, e o corpo reclama um merecido descanso. Isso é normal. Nota-se que agora é o momento de brincar com as peças de uma coleção, exercitando sempre o conhecimento do saber, do querer e do poder que se quer do aprendizado constante. 

Todavia, há outras maneiras de aluviar a mente e o espírito, como: cantar, dançar, ler, viajar, curtir a família que são opções apropriadas para eliminar o estresse e o desassossego, ainda assim, falta uma ocupação, ao longo prazo, para preencher o vazio que tanto incomoda as pessoas: colecionar os anseios dos dias, dos meses e dos longos anos de vida, com paciência e responsabilidade.

Colecionar é, naturalmente, uma opção lucrativa financeira e de conhecimento geral, muito pouco usado utilizado nos tempos atuais. A grande vantagem do colecionismo é que ele oferece ao colecionador o livre arbítrio na hora da escolha do tema e de suas aspirações intrínsecas no agrupamento das peças desejadas. 

Para começo de conversa, entendemos que existem dois estágios para iniciar uma coleção qualquer: o de acumulador e o de colecionador. No primeiro caso, as pessoas juntam os apetrechos do seu propósito, sem nenhum critério aparente, senão pela beleza, singeleza, em que se apresentam os itens selecionados, visto que o mais importante é a busca do maior volume possível daquilo que deseja colecionar, evidentemente. Já no segundo estágio, a preocupação vai muito mais além de um simples desejo de ajuntar espécimes. Neste caso é preciso tempo para pesquisa, estudo, análise e espaço físico onde possam ser depositados, com segurança, os itens de cada coleção.

Ter um acervo – selos, postais, moedas, estampas, livros raros, armas – em casa, no trabalho ou em qualquer um outro lugar, não significa a existência de um museu. Mas, presume-se em se criar um ambiente de conhecimento variável, da mesma maneira que se mescla objetos raros com outros de valor subjuntivo, para serem mostrados em sínodos, tertúlias e afins. Percebe-se que, o valor agregado aqui, resulta no prazer em exteriorizar-se, de maneira adequada, as peças do tesouro para apreciação de um público alvo. 

Tempos passados, os Correios mantinham, aos sábados, o Clube Filatélico e Numismático de Montes Claros, nas pessoas de Dário Cotrim (numismata), Hélio de Morais e Francisco Gomes Calaça (filatélicos). No momento presente, já se fala na restauração deste clube com o apoio do Instituto Histórico e Geográfico e, certamente, da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Vamos aguardar! 

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