Falar de Juvenal Caldeira Durães, nosso confrade da Academia Montes-clarense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, é um momento único que a vida nos dá e dele não podemos abdicar de forma nenhuma. Antes, mesmo, de conhecer pessoalmente o professor Juvenal, o meu saudoso sogro, Gasparino Rodrigues dos Santos, já anunciava o seu nome nas rodas de conversas, como sendo uma pessoa de muita importância para ele. Pois, criam senhores, o Juvenal, ainda menino, já era um aprendiz de mecânica, na sua “Oficina Progresso”, que ficava situada na rua São Francisco.
O tempo já vai longe, quando, desde o primeiro momento que nos encontramos, falávamos desse fato entre umas outras histórias de vida. Nasceu, então, entre nós, uma amizade que já dura mais de meio século e, hoje, somos escritores de fato.
Escrever um livro não se trata de loucura, e nem de estultice, mas, de um desejo incontido no peito da gente e que, um dia desperta do coração para explodir no mundo da eternidade. As memórias escritas são como poemas que vagam nas vagas do aleatório sem o compromisso das métricas e nem o das rimas. As memórias escritas nascem e vivem livres e livres perpetuam no tempo. O próprio memorialista Juvenal Caldeira Durães desabafa dizendo que: “por mais que eu resistisse, não tive como deixar de escrevê-las, para minha satisfação interior e para a apreciação e meditação de minha posteridade”.
Por todas essas razões, constituem motivos de regozijo as publicações das obras do professor Juvenal Caldeira Durães. Autor de uma extensa e invejável biografia de vida, como educador ele é considerado um grande professor de Matemática, já que dedicou toda a sua vida com proficiência inigualável e com extremado amor na árdua tarefa de ensinar. Aposentado no dia 24 de novembro de 1997, “quando justamente completava quarenta anos de magistério, ocasião em que recebeu inúmeras homenagens e demonstração de carinho e de amizade da comunidade universitária da UNIMONTES”.
Disse Cibele Veloso Milo que “o seu ‘curriculum’ é rico, como é rico o seu coração, cheio de bondade; sua alma nobre, faz transcender uma aura iluminada, privilégio do Ser que adquiriu, ao longo dos anos, sabedoria de vida”. Por tudo isso, o professor Juvenal é um talentoso artista das letras em contar as suas reminiscências com raras habilidades de artesão, mas é, sobretudo, um escritor completo que de futuro abrilhantará as nossas bibliotecas com outros livros. Quiçá, dezenas de novos livros. O nosso Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, sente-se honrado em tê-lo no quadro de associados o professor Juvenal Caldeira Durães.
O professor Juvenal escreveu os seguintes livros: “Sítio Azedo”, “Experiência de uma vida” e “Assim eu Penso”. Interessante que, todos esses livros trazem no seu bojo os meus prefácios. Queremos parabenizar o professor Juvenal que, merecidamente, recebe agora o título de Cidadão Benemérito de Montes Claros. Mais, ainda, felicitar a sua família e congratular com essa casa, que verdadeiramente reconheceu o valor e a dedicação do professor Juvenal, como um benfeitor da cidade de Montes Claros. Obrigado!