Dário Cotrim

Historietas para iniciantes

Publicado em 01/03/2025 às 04:23.Atualizado em 01/03/2025 às 04:24.

Vou fazer aqui uma ligeira introdução da história do nosso dinheiro. Desde quando o navegador Pedro Alvares Cabral chegou nas terras brasileiras, no ano de 1500, e praticou, imediatamente, o comércio do Escambo entre os índios, com a troca do pau-brasil por objetos de uso pessoal com os silvícolas. Aliás, para quem deseja colecionar dinheiro, quer sejam as moedas, quer sejam as cédulas, é preciso conhecer um pouco da sua história, de escambo aos dias atuais. 

Assim, o pau-brasil foi a primeira mercadoria a ser comercializada no solo brasileiro, como objeto de troca entre os índios e os portugueses, utilizando assim o fatídico sistema de escambo. Posteriormente, o tecido de algodão e o zimbo (conchas|) foram utilizados como moeda de troca entre os nativos, o que aconteceu mesmo depois da utilização das moedas metálicas vindas de Portugal. Tempos depois, vieram o gado, o algodão, o sal e outros produtos agrícolas para sanar a falta do dinheiro no meio circulante. Dessa forma, o ouro em pó e a prata foram os metais mais utilizados para o controle do sistema monetário.

Somente no ano de 1680, quando as coroas de Portugal e Espanha se uniram, entre disputas territoriais, foi que a moeda de prata espanhola passou a circular na colônia com mais intensidade. 

Em 1642, o rei de Portugal, Dom João IV, autorizou a aplicação nas moedas existentes com o carimbo escudete, renovando e aumentando os seus valores faciais, e dificultado o derrame de moedas falsas. Já se aplicava a adulteração das moedas o que provocava dúvidas e o receio das garantias na população. Entretanto, com a invasão dos holandeses no nordeste brasileiro, o que aconteceu no período de 1630 a 1654, surgem as primeiras moedas no Brasil, que foram os florins e os soldos. Elas traziam a inscrição da Companhia de Comércio das Índias Ocidentais com a palavra “Brasil” no seu anverso.

Ai, chegou a vez das patacas! A moeda conhecida pelo nome de pataca circulou no Brasil pelo tempo de 139 anos, ou seja: de 1695 a 1834. As patacas eram moedas de pratas e foram cunhadas nos seguintes valores. 20, 40, 80, 160, 320, 640. O patacão, segundo o dicionário Wikimédia, “eram as moedas de 960 Réis que foram cunhadas sobre outras moedas, sendo portanto denominadas recunhos, predominantemente sob moedas de 8 Reales das colônias espanholas na América, porém são conhecidos exemplares recunhados sobre moedas Napoleônicas, Austríacas e Americanas, além de moedas das recém criadas repúblicas latino-americanas”. 

As primeiras moedas comemorativas do Brasil locomoveram por encomenda de Dom João VI, numa série especial e, tendo a cunhagem com a legenda “Joannes. D. g. port. Bras. Et. Alg. P. reg.” Que significava o seguinte: “João, por graça de Deus, Príncipe Regente de Portugal, Brasil e Algarves”.

Por fim, o Banco do Brasil foi criado por Dom João VI, em 1808. Foi considerado o primeiro Banco da América do Sul e o quarto Banco do mundo. Em 1818, o Banco do Brasil iniciou a impressão dos primeiros bilhetes, para controle do ouro em pó. A partir daí o ouro só podia circular em pequenos lingotes que era chamado “ouro-quintado” ou “bullion”, os precursores do dinheiro em papel, ou das cédulas.  

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