O mundo da numismática é totalmente misterioso. A cada dia que passa, os pesquisadores encontram vestígios na concepção das moedas e essas descobertas, às vezes, valorizam e outras nem tanto, o valor das moedas no mercado especializado do colecionismo. As moedas de 1 Cruzeiro, cunhadas nos anos de 1977 e 1978, não obstante serem elas desprezadas pelos colecionadores, valem um pouco a mais do que as outras da mesma família, cunhadas em datas anteriores e posteriores. Tudo isso depende da embrulhada ocasionada nas exposições realizadas por especialistas durante as hastas públicas dos leilões.
A curiosidade importante sobre essa moeda que, oficialmente denominada como Cr$1,00 – um cruzeiro – 1ª família, com diâmetro de 29,0mm, é a apresentação da Efígie da República, no anverso, acompanhando a orla, à esquerda, a legenda BRASIL, ao centro, na parte superior, uma estrela representativa da nova capital – Brasília/Distrito Federal – e, na parte inferior, a rosa-dos-ventos, indicando os pontos cardiais e os pontos colaterais de orientação na superfície da terra. No reverso da moeda podemos observar dísticos indicativos do valor e da data, e um ramo de café estilizado, simbolizando a agricultura. A moeda possui o bordo serrilhado e uma espessura de 1.7mm. Circulou de 15 de maio de 1970 a 27 de fevereiro de 1986.
Como todo colecionador se trata de uma pessoa atenta para as curiosidades do dinheiro, eu também carrego essa pecha de imaginação. Foi assim que consegui um exemplar da moeda de 1 Cruzeiro Itu 1978. O tamanho gigante é uma característica da cidade de Itu, São Paulo. Não se trata aqui de uma moeda em circulação, mas tão somente uma curiosidade para os colecionadores mais afoito em adquirir peças diferenciadas dos acervos colecionáveis.
Ainda no campo da curiosidade, segundo o depoimento do numismata Emerson Pippi, durante as suas investigações encomendadas pela Sociedade Numismática Paranaense, sobre a origem da Efigie da República, foi apurado na Casa da Moeda, com a diretora Glória Dias, que o desenho de uma mulher gravado no nosso dinheiro é de autoria do artista plástico Benedicto Ribeiro, um fã incondicional da atriz Maria Antonieta Portocarrero Thedim (Tônia Carrero), e, por esse motivo, ele dedicava a ela como sua inspiração para o novo projeto.
“Tônia Carrero serviu de inspiração, dada a sua beleza marcante, à nova efígie da República Brasileira. Considerada por muitos a efígie mais bonita de todos os tempos”. (Numismática).
OUTRAS CURIOSIDADE
A maior cédula do mundo também faz parte do meu acervo. Ela é do Império Russo e foi produzida em 1912, antes da 1ª Guerra Mundial. Para colocá-la no bolso era preciso dobrá-la, pelo menos, três vezes. Já a menor cédula que teve maior circulação foi feita em Hong Kong, na década de 20. “Pode ter uma ou outra que seja um pouco menor, mas não circulou tanto quanto essa. Parece um dinheiro de brinquedo”, disse Paulo. Segundo que a cédula é de um centavo e foi preciso produzir o dinheiro em papel, porque, na época, todo o metal era direcionado para a confecção de armas.