Wendell Lessawendell_lessa@yahoo.com.br

Teologia de Papai Noel

Publicado em 21/12/2022 às 21:37.

Teologia de Papai Noel. É assim que o teólogo e pastor James Packer define a religião daqueles que vivem sob os óculos cor de rosa, sob a perspectiva de uma crença que lhes apresenta coisas irreais e que visam apenas satisfazer seus egos. Packer relatou duas coisas. A visão realista e necessária do mundo. Como os existencialistas propuseram, Packer mostra que os sonhos irreais, as fantasias religiosas, só se prestam para iludir o homem e levá-los para mais longe do verdadeiro Deus.  

Entretanto, Packer vai além dos existencialistas e mostra a solução no Deus real, encarnado em seu Filho, que vê a vida como ela é de fato, apontando as dificuldades, os sofrimentos e as provações.

O verdadeiro conhecimento de Deus se dá a partir de uma relação profunda e íntima com a Palavra de Deus, que é quem o revela verdadeiramente, e seu Filho Jesus Cristo, que é quem mostra perfeitamente o verdadeiro Deus. Packer afirma que “para aqueles que não conhecem a Deus o mundo se torna um lugar estranho, louco, penoso, e viver nele algo de decepcionante e desagradável. 

Despreze o estudo de Deus e você estará sentenciando a si mesmo a passar a vida aos tropeções, como um cego, como se não tivesse qualquer senso de direção e não entendesse aquilo que o rodeia. Deste modo poderá desperdiçar a sua vida e perder a sua alma”.

O homem em toda a história do pensamento humano tentou delinear a ideia de Deus em várias formas religiosas. As formas físicas e não físicas do que seria Deus irrompeu em muitas tentativas filosóficas, religiosas e até mesmo por meio de teorias sociais.  

Aliás, muitas teorias político-sociais que alguns grupos defendem hoje são na verdade formas disfarçadas de religião que, embora visem negar a própria religião (especialmente o cristianismo), evocam aquilo que é o cerne do princípio religioso básico: a existência de um redentor que redimirá um povo de seu sofrimento. Em outras palavras, essas teorias tentam apresentar soluções “divinas” que resolverão todos os problemas das pessoas. 

Entretanto, o próprio pensamento humano e a experiência apontam a limitação dessa proposta. A razão é simples: não há redenção fora do verdadeiro Deus. Não é a religião que redime, é uma pessoa, Jesus Cristo. Essa constatação já seria suficiente para atestar nossa pequenez diante da grandeza imensurável de Deus que, encarnando-se, tornou-se como um de nós a fim de morrer por nós e nos dar vida e vida em abundância para todo sempre. Packer mostra isso de maneira muito clara enumerando as maneiras de compreendermos a grandeza de Deus que nos faz compará-lo a outras formas de existência e chegarmos à conclusão de que, como a Bíblia afirma, Deus é incomparável.

Nessa época do ano, com as comemorações do Natal, muitos são iludidos com ideias de uma boa vida alheia a Deus e ao seu Filho Jesus Cristo. Muitos pensam que a comemoração de uma data por si só ou a prática religiosa de um dia serão suficientes para atrair coisas boas e dar a eles um futuro melhor. Todavia, não é assim que a Palavra de Deus ensina. A relação genuína com Deus é uma relação de submissão à sua vontade em um Natal de 365 dias ao ano. É uma relação de dependência completa e entrega voluntária, pois “quando um homem conhece a Deus as perdas e as ‘cruzes’ deixam de ter importância; o que ele ganhou simplesmente afasta essas coisas de sua mente.”

A verdadeira teologia natalina não é a do papai Noel, mas a de Jesus Cristo. Não é do bom velhinho que salva as pessoas de suas mazelas, mas do Filho de Deus que se encarnou e deu sua vida na cruz a fim de dar vida àqueles que estavam mortos em seus pecados. Não é de propostas irreais que falseiam os verdadeiros problemas humanos tratando-os com paliativos existenciais, mas é da religião que escancara a real necessidade de salvação do ser humano na pessoa e por meio da obra de Jesus Cristo. 

Cristo é o ápice da revelação de Deus. Não há nenhum sentido de existência humana sem Cristo. A glória de Deus é manifestada em Cristo e ele nos revela o Pai. Esta é a doutrina central do cristianismo. Não há nenhuma outra religião cuja associação entre Pai e Filho seja tão definida como no cristianismo. A relação de paternidade e de filiação é a base estrutural de todo o processo teológico. Fora disso, os fundamentos são rompidos. Cristo é o fundamento, sobre o qual a igreja está edificada. Cristo é a única razão e a única esperança. Ele é o verdadeiro Natal. Um feliz Natal!

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